terça-feira, 18 de novembro de 2014

E ninguém vai preso

A comissão parlamentar ao escândalo BES tem todos os ingredientes para superar em interesse o folhetim do inquérito ao BPN. Aliás, o descalabro do império da família Espírito Santo sob o comando de Ricardo Salgado e os crimes de polícia ainda sem castigo do gang de Oliveira e Costa & companhia têm mais pontos em comum do que a origem destes banqueiros levaria a supor.
Quando rebentou o BPN, Ricardo Salgado olhava de alto para o arrivista Oliveira e Costa, que a política tinha levado à Banca e que perante a elite era uma espécie de pistoleiro. Mas afinal a mais ilustre dinastia financeira esqueceu-se do bom nome e do prestígio acumulado de 140 anos para entrar numa espiral que em alguns casos teve episódios semelhantes a qualquer D. Branca.
Com tanta gente prejudicada, com custos milionários para os contribuintes, com tantos empregos destruídos, quer no BPN, quer agora no escândalo do BES/GES, há uma pergunta inquietante que persiste: e ninguém vai preso?
Armando esteves Pereira, Director-adjunto CM

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