A comissão parlamentar
ao escândalo BES tem todos os ingredientes para superar em interesse o folhetim
do inquérito ao BPN. Aliás, o descalabro do império da família Espírito Santo
sob o comando de Ricardo Salgado e os crimes de polícia ainda sem castigo do
gang de Oliveira e Costa & companhia têm mais pontos em comum do que a
origem destes banqueiros levaria a supor.
Quando rebentou o BPN,
Ricardo Salgado olhava de alto para o arrivista Oliveira e Costa, que a
política tinha levado à Banca e que perante a elite era uma espécie de
pistoleiro. Mas afinal a mais ilustre dinastia financeira esqueceu-se do bom
nome e do prestígio acumulado de 140 anos para entrar numa espiral que em
alguns casos teve episódios semelhantes a qualquer D. Branca.
Com tanta gente prejudicada,
com custos milionários para os contribuintes, com tantos empregos destruídos,
quer no BPN, quer agora no escândalo do BES/GES, há uma pergunta inquietante
que persiste: e ninguém vai preso?
Armando
esteves Pereira, Director-adjunto CM
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