domingo, 30 de junho de 2013

Os gajos das Finanças!

Pedro e Maria estão num vôo para a Austrália para comemorar seu
40.º aniversário de casamento.
De repente, o comandante anuncia pelos altifalantes:
- Senhoras e senhores, tenho más notícias. Os nossos motores estão a deixar de funcionar e vamos tentar aterrar de emergência.
Por sorte, vejo uma ilha não catalogada nos mapas logo abaixo de nós, e, por isso, vamos tentar aterrar na praia.
Aterrou com êxito, mas avisou os passageiros:
- Isto aqui é o fim do mundo e é muito provável que nós não sejamos resgatados e tenhamos que viver nessa ilha para o resto das nossas vidas!
Nesse instante, Pedro pergunta à mulher:
- Maria, entregaste o nosso IRS antes de viajarmos?
- Ai, perdoa-me Pedro. Eu esqueci-me completamente!
Pedro, eufórico, agarra a mulher e afinfa-lhe o maior beijão de todos os 40 anos de casamento.
A Maria não entende e pergunta:- Pedro! Porque me beijaste desta maneira?
Responde-lhe o marido: - Os gajos das Finanças vão encontrar-nos!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A factura da banca

Armando Esteves Pereira; Diretor-adjunto – CM
 A execução orçamental está a revelar uma evolução positiva. O Fisco esmaga os contribuintes (trabalhadores que mantêm o emprego e pensionistas) com o IRS, enquanto a economia definha.
Apesar da alta das receitas, as metas do défice estão em risco por causa das ajudas à Banca. Desde 2008 foi instituído o mito de que os bancos são demasiado grandes e importantes para falir. Essa leitura está a sair demasiado cara aos estados e cidadãos europeus.
Os banqueiros que ganharam milhões em prémios e comissões nas alavancagens e engenharias financeiras de ‘Donas Brancas’ sofisticadas conseguiram convencer os políticos para os salvarem com o dinheiro público. E os cidadãos pagam a austeridade.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

ASAE no Alentejo!

 Elementos da Asae foram fiscalizar o Alentejo. Entraram numa tasca pediram um café e um deles quis também um bolo.
O compadre deu-lhe o café, pegou no bolo com a mão e colocou-o em cima do balcão.
Claro que foi chamado à atenção além de uma valente multa.
Apressadamente, ligou para o compadre que tinha uma tasca lá perto e avisou-o:
- Compadre a Asae esteve aqui. Tome atenção pois são capazes de a seguir o visitar.
Palavras não eram ditas e os fiscais a entrarem porta dentro:
- Bom dia. Quero um café e um bolo.
Com todo o cuidado, deu-lhe o café e com a tenaz tirou o bolo e colocou-o num pires. Entretanto o fiscal, depois de ter tomado o café e comido o bolo, reparou que o homem tinha um cordel preso na braguilha
e perguntou:
- Oiça, para que é esse cordel?
- Então, quando vou fazer xixi, abro a braguilha, puxo o cordel e faço xixi.
- Então e depois como é que mete isso para dentro?
- É com a tenaz dos bolos!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Filhos do 25 de Abril

Não confio na minha geração nem para se governar a si própria. E temo pela que se segue!
Pedro Bidarra, publicitário, psicossociólogo e autor-Dinheiro Vivo
Somos quase todos filhos do 25 de Abril, mas uns são mais filhos do que outros.
A geração que fez o 25 de Abril era filha do outro regime. Era filha da ditadura, da falta de liberdade, da pobre e permanente austeridade e da 4.ª classe antiga.
Tinha crescido na contenção, na disciplina, na poupança e a saber (os que à escola tinham acesso) Português e Matemática.
A minha geração era adolescente no 25 de Abril, o que sendo bom para a adolescência foi mau para a geração.
Enquanto os mais velhos conheceram dois mundos – os que hoje são avós e saem à rua para comemorar ou ficam em casa a maldizer o dia em que lhes aconteceu uma revolução – nós nascemos logo num mundo de farra e de festa, num mundo de sexo, drogas e rock & roll, num mundo de aulas sem faltas e de hooliganismo juvenil em tudo semelhante ao das claques futebolísticas mas sob cores ideológicas e partidárias. O hedonismo foi-nos decretado como filosofia ainda não tínhamos nem barba nem mamas.
A grande descoberta da minha geração foi a opinião: a opinião como princípio e fim de tudo. Não a informação, o saber, os factos, os números. Não o fazer, o construir, o trabalhar, o ajudar… (Ler artigo complecto)

segunda-feira, 17 de junho de 2013

As glórias do tomate!

Francisco J. Gonçalves, Jornalista-CM
Portugal é um país de jeitosos, sendo estes todos quantos, pouco sabendo de coisa alguma, se vão ajeitando ou dando ‘um jeitinho’.
Cavaco Silva tornou-se um presidente jeitoso, que exerce o cargo ao jeito do governo e em total alienação face ao que o rodeia. Por isso mesmo escolheu o 10 de Junho para louvar os progressos da agricultura.
Numa lógica tortuosa, a escolha faz sentido. Sendo o Dia de Portugal reservado a glórias, que melhor tema do que um setor... condenado à esmola? A escolha torna--se ainda mais adequada se nos lembrarmos que o ‘desenvolvimento’ que o presidente Cavaco fez questão de debitar em números contraria a realidade da condenação do setor à morte pelo primeiro-ministro Silva.
Mas Cavaco explicou: "Se há quem pretenda alimentar o pessimismo e contribuir para o desânimo dos Portugueses [...] não conte comigo. Tudo farei para atuar de forma construtiva, incutindo ânimo e esperança nos meus concidadãos".
E conseguiu-o com refinado humor. Um presidente amnésico não ofende quando esquece o recorde de desempregados em Portugal, faz rir. O 10 de Junho poderia ter sabido homenagear essa vaga de deserdados. Mas não, foi dedicado às glórias do tomate.

domingo, 16 de junho de 2013

Conversa entre amigos!

O meu contabilista vale cada euro que cobra por causa do tempo que me poupa.
Este ano, por exemplo, provavelmente poupou-me cinco a dez anos de prisão.

sábado, 15 de junho de 2013

Verdades ditas a "brincar"!

                                                   "Entrevista" com Passos Coelho

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Uma prece de Aposentado!

Os dois lados da barricada!

Acácio Pereira, Presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF – CM
Este Governo tem sido useiro na estratégia do dividir para conquistar, colocando sempre as questões em dois campos antagónicos, os "uns" e os "outros", garantindo uma reduzida reação aos seus projetos.
Quando se preparava a "enorme" dose de austeridade que iria salvar o País, o Governo explicou que a solução era cortar nos rendimentos dos trabalhadores do Estado. E assim seguiu caminho, colocando doentes contra profissionais de saúde, alunos contra professores... Enfim, o importante é que as medidas que, comprovadamente, nada resolvem continuem a ser apresentadas como se do Santo Graal se tratasse.
Quando os profissionais das forças e serviços de segurança, juntamente com os militares, mostram uma frente unida contra as propostas que pretendem acabar com o serviço público, o Governo, num "passe de magia", separa militares e polícias, distinguindo uns dos outros, na "Lei da Mobilidade/Reclassificação". Mas desenganem-se, pois neste lado já conhecemos a tática. E não nos vão colocar entre os dois lados de uma só barricada.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O Presidente sequestrado

Ana Sá Lopes-jornal i
O sequestro do Presidente põe em causa o regular funcionamento das instituições
O Presidente pode demitir o governo se ficar provado o "irregular funcionamento das instituições". Mas o discurso de ontem de Aníbal Cavaco Silva é uma prova cabal do "irregular funcionamento das instituições", de um chefe de Estado sequestrado por um governo e colocado em lugar incerto - embora o seu avatar circule por aí e debite orações sobre as maravilhas da agricultura.
Nas cerimónias do 10 de Junho, o verdadeiro discurso que falou do Portugal de hoje foi feito por Silva Peneda, o presidente do Conselho Económico e Social, escolhido pelo Presidente da República para presidir às comemorações do 10 de Junho. E só isto pode ser um "sinal" de que a cabeça de Cavaco Silva - capaz de escolher um homem como Silva Peneda para aquela função - largou o seu corpo e se juntou à coligação governamental depois de ter sido alvo de eventuais malfeitorias naquela famosa reunião de sábado em Belém a seguir ao Conselho de Ministros.
A calamidade da situação do país foi bem apresentada por Silva Peneda. Numa sociedade que tem os números de desemprego que tem a portuguesa "daqui ao medo é um pequeno passo". Mas o Presidente da República que tinha afirmado, perante Sócrates, que se tinham atingido "os limites dos sacrifícios" fechou os olhos ao mundo à sua volta - e preferiu recordar a literatura neo-realista dos tempos da miséria e da ditadura, como se servisse de grande consolo aos portugueses de 2013 pensar que o país era muito pior e mais miserável nos anos 60, na época em que pontificava em Belém o contra-almirante Américo de Deus Thomaz - que ficou na memória colectiva por, não tendo na realidade nenhum poder face a Salazar, ocupar o seu tempo a fazer discursos estúpidos.
Ao aceitar ser uma espécie de ministro sem pasta do actual governo, Cavaco Silva perdeu o que lhe restava de capacidade para ocupar o cargo de "Presidente de todos os portugueses", no momento mais difícil da vida do país depois da ditadura. Ao explicar que não quer ter nenhum papel político, ainda piorou a situação. Já não há nada a fazer: como disse o primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva relativamente ao Presidente em funções nos anos 90, ainda poderia restar ao governo ajudar o chefe de Estado a acabar o mandato com dignidade. Infelizmente, tal não é possível. O sequestro do Presidente da República é um acontecimento grave e põe em causa o regular funcionamento das instituições democráticas.

A narrativa de Cavaco

Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto - CM
O 10 de Junho de Cavaco Silva fez-se de uma pequena sementeira de recados. Pediu às Forças Armadas para não se excitarem com os cortes porque ninguém escapa. Mas, também, que não consentirá a sua descaracterização. Sossegou o Governo.
O seu caminho é o da ‘cooperação estratégica’ e não o de força de bloqueio. Nunca será um Presidente 'negativo' como Soares. Desistiu de pedir 'consenso político' e pediu 'consenso social' para o pós-troika. E falou de agricultura, quase só de agricultura. Que somos bons, exportamos, etc. Graças, claro, aos seus governos, que não a destruíram e, pelo contrário, a modernizaram. Cavaco na defesa da sua narrativa em toda a linha...

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Os palhaços e os filhos da p..

Ramada Curto foi um advogado e jornalista bastante popular do meio teatral e jornalístico lisboeta da primeira metade do século XX, tendo intervindo nalguns dos processos-crime mais célebres do seu tempo.
Uma das suas histórias judiciais que ficaram célebres teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar “filho da p…” ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva. Nas suas alegações, Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de, muitas vezes, se utilizar essa expressão em termos elogiosos (“Ganda filho da p…, é o melhor de todos”) ou carinhosos (“Dá cá um abraço, meu grande filho da p…!”), tendo concluído as suas alegações da seguinte forma: “E até aposto que, neste momento, V. Ex.ª está a pensar o seguinte: “Olhem lá do que este filho da p… não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!...”.
Chegada a hora de sentença, o juiz vira-se para o réu e diz: “O senhor vai absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da p… do seu advogado”.
Isto vem a propósito de recente afirmação de Miguel Sousa Tavares, que fez a capa do Jornal de Negócios, de que nós já teríamos um palhaço que se chamava Cavaco Silva. O que tu foste dizer?!... Em Portugal, os nossos políticos são todos muito susceptíveis e o povo muito reverente. Em Portugal, um político pode arruinar uma autarquia ou um país, enriquecer os amigos e a família e lançar o povo na miséria, destruir lares, famílias e vidas, que não lhe acontece nada. Mas, se alguém chama “palhaço” a um político, tem logo o procurador e a polícia à perna.
Eu até compreendo que certos políticos não gostem que lhes chamem “palhaços”, porque, efectivamente, os únicos e verdadeiros palhaços nesta história não são os eleitos mas quem os elegeu. Com efeito, por muito que nos custe reconhecer, os palhaços somos nós, o povo eleitor, que, durante os últimos vinte anos, temos eleito e sido governados pelos ofendidos da história de Ramada Curto.
Santana-Maia Leonardo,
Ponte de Sor
(Jornal Público, Cartas ao Director, 28-05-2013)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Desprezo pela "rua"

C.M.-Manuel Catarino, Redator Principal
O País chegou a um Governo que tem medo de sair à rua.
Ministros e secretários de Estado sentem-se ameaçados – e cada deslocação é avaliada e controlada pelos serviços secretos. Têm terror da rua: não saem sem escolta reforçada. Mas desprezam a rua: insistem numa estúpida política de empobrecimento e miséria com a arrogância de quem não tem um pingo de respeito pela dignidade humana, pelo valor do trabalho, pela justiça social.
O número de casais desempregados subiu 67,3 por cento no último ano. Significa que em mais de 13 mil casas de família não entra um único salário no final do mês. O Governo tem medo do País que está a criar: um povo sem esperança a quem todos os dias rouba um pouco de dignidade.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Humor Algarvio...tá linde!

Pergunta o miúdo à mãe:
- Ó mãe, o qué um insete?
- Ê cá nã sê, preguntá mana.
- Ó mana, o qué um insete?
- Pôs nã sê... preguntó pai!
-Ó pai, o qué um insete?
-Ó mê ganda burre! Um insete sã... oite!

domingo, 2 de junho de 2013

Conversa desta manhã no Palácio de Belem

Maria - Oh Aníbal, já leste os jornais?
Aníbal - Li.
Maria - Leste a entrevista ao Sousa Tavares?
Aníbal - Oh Maria o Sousa Tavares já morreu.
Maria - O filho…!
Aníbal - Mas o nosso filho deu uma entrevista?
Maria - Não! O filho do Sousa Tavares que morreu.
Aníbal - Morreu o filho do Sousa Tavares???? Temos que mandar flores.
Maria - Aníbal, Vê se me entendes: O Miguel Sousa Tavares, filho do Sousa Tavares que morreu, deu uma entrevista!!!
Aníbal - Ah!!! Aquele que é jornalista!!
Maria - Sim e advogado.
Aníbal - Nunca gostei de advogados… e muito menos de jornalistas. Desse Sousa Tavares não se aproveita nada!
Maria - Sim ok! Foi esse que deu a entrevista.
Aníbal - É interessante a Entrevista?
Maria - Então tu não leste?
Aníbal- Ando aqui às voltas com um jornal que deve ser de ontem.
Maria - Qual jornal?
Aníbal - O Tal e Qual.
Maria - Mas esse jornal fechou há uma série de anos…
Aníbal - Foi? Bem que me estava a parecer estranho o Joaquim Letra estar tão bem conservado…
Maria - Não há paciência Aníbal! Presta atenção. O Sousa Tavares chamou-te palhaço!
Aníbal - Foi? Que mal-educado.
Maria - É só isso que tens para dizer? Não vais fazer nada?
Aníbal - Vou! Tenho o número de casa do pai. Vou-lhe dizer para ver se põe o filho na ordem….
Maria - Mas o Sousa Tavares já morreu.
Aníbal - Mau Mau! Então como é que deu a entrevista?
Maria - Porra para esta bodega. Para o que estava guardada…
Aníbal - Não precisas de te chatear. Se não conseguimos falar com o pai, falamos com a mãe… Conhece-la?
Maria - Oh Aníbal desce a terra. A mãe morreu há montes de anos!
Aníbal - Não estava a falar da tua mãe!
Maria - Nem eu puxa! Estava a falar da mãe do Sousa Tavares, da Sophia de Mello Breyner.
Aníbal - Sim. Essa mesma. Temos o número?
Maria - A mulher morreu!!! Percebes?
Aníbal - Mais flores? Não temos dinheiro para isto…
Maria - Esquece!
Aníbal - Então e um tio dele?
Maria - Um tio???? Qual tio?
Aníbal - Por exemplo, aquele que é actor! O Sr. Contente!
Maria - O Nicolau Breyner?
Aníbal - Esse mesmo. Temos o número dele?
Maria - Mas por alma de quem é que vais ligar ao Nicolau Breyner?
Aníbal - Para lhe fazer queixa do sobrinho.
Maria - Mas o Sousa Tavares não é sobrinho do Nicolau Breyner? De onde te saiu essa ideia?
Aníbal - Tem o apelido da mãe, mas foste tu que falaste nele…
Maria - Pois! Tu também tens o mesmo apelido da Ivone Silva e ela não era tua tia, pois não?
Aníbal - Quem é essa? Não estou a ver.
Maria - Não estás a ver e não vais ver porque também já morreu.
Aníbal - Porra! Mas o que é que se passa hoje? São só mortos!
Maria - E eu devo ir a seguir…
Aníbal - Não digas isso. É pecado.
Maria - Pecado é ter que te aturar meu Palhaço. Ooops!!! Esquece a entrevista!