sábado, 31 de agosto de 2013

Passeando na selva!...

Um americano e um japonês passeavam pela selva quando surge um urso enfurecido de pé nas patas de trás, de garras abertas para eles no tom mais ameaçador possível.
O americano, com reflexos ágeis, dá logo meia volta para fugir a toda a velocidade mas repara que o japonês se encontrava agachado a calçar umas sapatilhas que trazia num saco de plástico.
-Epá! – grita o americano – Tu estás parvo? Se demoras muito nem as sapatilhas te chegam para conseguires fugir ao urso. Ele consegue correr muito mais depressa!
E diz o japonês:

-Mim também não quele collel mais deplessa que ulso! Basta mim collel mais deplessa que tu.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O fim dos briefings

Eduardo Dâmaso, Diretor.Adjunto-CM
Passos Coelho decidiu acabar com a única realização política até hoje conhecida ao ministro Poiares Maduro.
Os famosos briefings, que só geraram confusão, comunicação desencontrada, mentirinhas pacóvias de um já ido secretário de Estado, acabaram de vez. Passos percebeu que aquilo só deu tralha política, e nada melhor para resolver um problema do que aniquilá-lo.
O episódio é revelador de uma das mais nefastas ilusões políticas que o poder gera: a governação é boa, a comunicação é que é má. Quando a governação não é boa, não há comunicação que valha.

E essa é a única prova que sai dos briefings: a governação é mesmo má e muito confusa.

domingo, 25 de agosto de 2013

"Acidente" no Alentejo.

Ti Maneli, alentejano de Castro Verde, pensou bem e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito semanas atrás eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal.****
No tribunal, o advogado do réu começou por perguntar ao Ti Maneli: - O Senhor na altura do acidente não disse "Estou óptimo"?****
Ti Maneli responde: - Bem, eu vou contar o que aconteceu. Eu tinha acabado de colocar a minha mula favorita na camionete...
- Eu não pedi detalhes! - Interrompeu o advogado. - Responda somente à questão: - O Senhor não disse na cena do acidente: "Estou óptimo"?
- Bem, eu coloquei a mula na camionete e tava descendo a rua...
O advogado interrompe novamente e diz: - Meritíssimo, estou tentando estabelecer os factos. Na cena do acidente este homem disse ao soldado na GNR que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar o meu cliente, e isto não pode ser. Por favor, poderia dizer-lhe que deve responder somente à minha pergunta.
Mas, nesta altura, o Juiz mostra-se muito interessado na resposta do Ti Maneli e diz ao advogado: - Eu quero ouvir a versão dele.
Ti Maneli agradece ao Juiz e prossegue: - Como ê tava dizendo, coloqui a mula na caminete e tava descendo a rua quando uma pick up passou o sinal vermelho e bateu num lado da minha caminete. Eu fui lançado fora do carro para um lado da rua e a mula foi lançada pro outro lado. Eu fiquei muito ferido e mal me podia mexer. Mas eu conseguia ouvir a mula zurrando e, pelo barulho, percebi que ela estava muito ferida. Em seguida chegou o soldado da GNR. Ele ouviu a mula gritando e foi ver como ela estava. Depois de ter olhado bem para a mula, abanou a cabeça, pegou na pistola e deu-lhe três tiros. Depois atravessou a estrada com a arma na mão, olhou para mim e disse: - A sua mula estava muito mal e eu tive que a abater.
E o senhor, como é que se está a sentir?
- Aí ê pensi bem e disse: ..... Eu?.... Estou óptimo....

Porra, ia dizer que tava mal, não ??? ****

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Subsídios de desemprego e de doença com novos cortes.


Corte de 6% nas prestações pagas aos desempregados e de 5% para quem está de baixa.
Os cortes nos subsídios de desemprego e de doença, previstos no Orçamento Retificativo (OR), começaram a ser sentidos pelos beneficiários a partir de ontem.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Almoços grátis?


A. Marinho e Pinto - JN
A atual maioria PSD /CDS prepara-se para reduzir em 10% os montantes de todas as pensões do setor público. A medida, que estará inserida no tão propalado corte de quatro mil milhões de euros nas despesas do Estado (montante posteriormente reduzido para dois mil milhões), constitui um ato brutal contra quem trabalhou e descontou durante o período da vida ativa e que, chegado à velhice, acaba sendo alvo de um verdadeiro assalto aos seus rendimentos. Não está só em causa o princípio republicano da solidariedade, um dos valores matriciais de qualquer República Democrática (cfr. Artigo 1.o da Constituição). O que esta maioria se prepara para fazer constitui a negação dos mais elementares princípios do direito. Com essa medida, o PSD e o CDS retiram a milhares de idosos as condições de dignidade para o fim das suas vidas, pois com esse corte muitos idosos terão de reduzir ou eliminar despesas pessoais absolutamente essenciais à sua existência, tais como alimentação e medicamentos. Mas, com tal medida, o PSD e o CDS violam também, de forma acintosa, o contrato de cidadania que o Estado havia celebrado com os seus servidores, mediante o qual estes teriam, no fim da sua carreira contributiva, direito a uma pensão proporcional às respetivas contribuições. O PSD e o CDS, chegados ao poder, não só violam todas as promessas eleitorais que lhes permitiram precisamente alcançar o poder, fazendo justamente aquilo que em campanha eleitoral garantiram que nunca fariam, mas violam ainda as mais basilares regras jurídicas, já que, com uma pusilanimidade estonteante, rasgam os contratos vitalícios que o Estado havia celebrado. Tudo sem qualquer culpa dos prejudicados, com a exceção, porventura, de terem permitido que pessoas sem palavra e sem honradez política chegassem ao poder.

Mas, ao mesmo tempo que se preparam para cortar impiedosamente nas pensões dos aposentados, incluindo daqueles que auferem apenas algumas centenas de euros mensais, o PSD e o CDS propõem-se, com a mesma insensibilidade, isentar desses cortes magistrados e diplomatas, muitos dos quais auferem pensões superiores a cinco mil euros mensais. Trata-se da consagração, na nossa República Democrática, de um privilégio de casta que, numa sociedade decente, deveria envergonhar tanto quem o concede como quem o recebe. Um privilégio que, no caso dos magistrados, acrescerá a muitos outros verdadeiramente escandalosos, como subsídios de habitação a quem vive em casa própria, isenções de impostos, etc. Mas, como a cultura dos nossos magistrados é a de quem se julga acima dos simples mortais, tudo o que sabe a privilégios é sempre bem-vindo para eles.

Porém, como não há almoços grátis, a prebenda que o PSD e o CDS se preparam para oferecer aos magistrados deve ter, obviamente, por detrás, negociatas malcheirosas. Para além de poder constituir um aliciamento por parte de quem não tem a consciência tranquila e procura favores ou indulgências judiciais, ela não pode deixar de ser encarada como um prémio pelo contributo que os magistrados deram para desgastar o Governo anterior com processos vergonhosos, assim contribuindo também para antecipar a chegada ao poder do PSD e do CDS. Mas, por outro lado, ela surge não muito tempo depois de um dirigente do sindicato dos juízes ter insinuado publicamente que se os juízes portugueses tivessem de suportar os sacrifícios da crise como todos os outros cidadãos, eles poderiam deixar de ser independentes e, provavelmente - pensámos todos nós - corromper-se-iam e (pelo menos alguns) passariam a vender sentenças.


É claro que agora não faltarão os habituais magistrados papagaios tentando justificar essa ignomínia com os mais estúpidos argumentos (lembram-se daquele em que, além das férias de Natal e da Páscoa, se justificava a existência de dois meses de férias no verão para os magistrados trabalharem?). Mas isso só demonstra a conta em que eles têm os cidadãos desta República. Por mim, repito: nestas coisas (como em muitas outras da vida), não há almoços grátis, só faltando apurar o que os magistrados, sobretudo os juízes, darão em troca ao PSD e ao CDS, além do que já deram no passado recente.

sábado, 17 de agosto de 2013

Sem conhecimento não faz sentido!


À noite, enquanto o marido lê o jornal, a esposa comenta:
-Já reparastes como vive o casal que mora aqui em frente? Parecem dois namorados! Todos os dias, quando chega a casa, traz flores para ela, abraça-a e os dois ficam a beijar-se apaixonadamente.
Por que é que não fazes o mesmo?

-Mas querida, eu mal conheço a mulher!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O heli dos mosquitos

Eduardo Dâmaso, diretor-adjunto; CM

O verão é a época tonta, já sabíamos.
Esta semana trouxe-nos um dos mais deliciosos exemplos dessa espécie de paralisia mental.
No Algarve, não se lembraram de melhor coisa para combater a praga de mosquitos do que meter um helicóptero Kamov a sobrevoar a zona das lagoas para os matar.
Conseguiram, com isso, produzir apenas uma risível metáfora da incapacidade política para solucionar problemas. Não trataram das causas da praga, não trataram do ambiente nem do ordenamento locais, não atacaram o problema antes de as temperaturas subirem, não acautelaram rigorosamente nada.

Limitaram-se a improvisar, deixando o País a rir (ao menos isso) e os turistas a sofrer.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Primeiro-ministro norueguês foi taxista por um dia para sondar eleitores.

O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, vestiu o uniforme de motorista e escondido atrás de uns óculos de sol andou a conduzir um táxi pelas ruas de Oslo, numa experiência destinada a conhecer melhor as opiniões e preocupações dos seus concidadãos.

Desafio Passos Coelho a tentar a sua sorte em Portugal. Ficaria a saber de todos os nomes “bonitos” por que é conhecido.  

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Os alentejanos são terríveis!

O alentejano está a comer ao balcão de um restaurante na estrada,
quando entram três motoqueiros de Lisboa, tipo "Abutres" (aqueles
gajos que vestem roupas de couro preto, cheias de coisas cromadas e
que gostam de mostrar sua força quando estão em bando).

O primeiro, vai até ao alentejano, apaga o cigarro em cima do bife
dele e vai sentar-se na ponta do balcão.

O segundo, vai até ao alentejano, cospe no copo dele e vai sentar-se
na outra ponta do balcão.

O terceiro, vira o prato do alentejano e também vai sentar-se junto
dos outros...

Sem uma palavra de protesto, o alentejano levanta-se, põe o boné já
gasto na cabeça e vai-se embora.

Depois de algum tempo, um dos motoqueiros diz ao empregado do restaurante:

- Aquele gajo não era grande homem!
- Era mesmo um banana, - remata o segundo motoqueiro.

E o empregado:

- Nem grande motorista... acabou de passar com o TIR por cima de três

motas que estavam ali paradas!!!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Brincar aos riquinhos para brincar aos pobrezinhos!

Henrique Raposo – Expresso, opinião
 Assunção Esteves é uma personagem no sentido plano e caricatural do termo. Nos romances, as Assunções surgem nos capítulos secundários para dar um colorido sociológico ou histórico ao cenário onde a personagem principal actua. Ora, a nossa Assunção Esteves representa o colorido cómico de um certo Portugal, o Portugal da comédia snob, do nariz empinado por questões de nascimento. Sim, é o Portugal que brinca aos pobrezinhos, mas também é o Portugal que quer brincar aos riquinhos. Assunção Esteves encaixa na segunda espécie. Julgo que aqueles que brincam aos pobrezinhos tem uma palavra gira para descrever esta segunda categoria: possidónios. Palavra giríssima, sei lá.
 A segunda figura do estado recusa admitir que o seu pai era alfaiate. Aquilo que devia ser motivo de orgulho é motivo de vergonha. Como é evidentíssimo, a filha de um pobrezinho não pode chegar ao topo, é contranatura. Apesar da origem humilde, Assunção Esteves aceitou o ethos pseudo-aristocrático da "Lesboa" que se repete em todas as povoações portuguesas com mais de, vá, 10 habitantes. E a mutação não se ficou por aqui. Segundo uma peça da Sábado, a Presidenta tem aquela obsessão típica pelo luxo. Ele é roupa de alta-costura, ele é carteiras que custam 10% da sua reforma (valor da pensão: 7200 euros por 10 anos de trabalho), ele é um corrupio de assessores que trata como escravos coloniais, ele é gastos sumptuários: assim que chegou à Presidência da Assembleia, Assunção Esteves mudou a casa de banho do seu gabinete para não usar a mesma retrete do antecessor. Que magno problema viu Assunção Esteves no bumbum de Jaime Gama?
 Os regimes mudam, mas este Portugal não morre. A comédia social parece que tem o dom da imortalidade. Tal como em 1950, ainda temos fidalgos a viver em bolhas sem qualquer contacto com a realidade. E, tal como em 1950, ainda temos fidalgos wannabe que querem à força brincar aos riquinhos para depois brincarem aos pobrezinhos. País giríssimo, sei lá.

sábado, 3 de agosto de 2013

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Porque o povo diz verdades!


António Fernandes Aleixo-poeta popular português

Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.

Vem perto o fim do capricho
Dessa nobreza postiça,
Irmã gémea da preguiça,
Mais asquerosa que o lixo.

Já o escravo se convence
A lutar por sua prol
Já sabe que lhe pertence
No mundo um lugar ao sol.

Do céu não se quer lembrar,
Já não se deixa roubar,
Por medo ao tal satanás,
Já não adora bonecos
Que, se os fazem em canecos,
Nem dão estrume capaz.

Mostra-lhe o saber moderno
Que levou a vida inteira
Preso àquela ratoeira 
Que há entre o céu e o inferno.