sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Este país não é para doentes

A morte de um idoso num serviço de urgência pode ser uma inevitabilidade, por mais dolorosa que seja para a família. Aos profissionais de saúde falta o dom divino de fazer milagres. Mas um idoso morrer na urgência sem ser visto por ninguém habilitado para esse fim é uma indignidade. Uma indignidade extrema, que merece reflexão e resposta célere. Desde o Natal, oito portugueses faleceram nos serviços de urgência e não eram todos idosos. Um traço comum os une na fatalidade: falta de assistência. Ora, assistência é precisamente o que as pessoas diligenciam nos hospitais. É tempo de as administrações hospitalares agirem. Ou seja: escalar médicos e enfermeiros suficientes para cobrir as necessidades. Perante estes casos, se afigura também indigna a desculpa de que o Ministério da Saúde não autoriza a contratação de pessoal e o aumento da despesa. A vida das pessoas está primeiro. (Ler mais)
Paula Ferreira, JN

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

«O mistério dos sapatos apertados»

Um homem usava todos os dias uns sapatos 2 números abaixo. Passava o dia inteiro a trabalhar com esses sapatos calçados, extremamente desconfortáveis, notava-se perfeitamente o sacrifício que ele fazia para aguentar as dores nos pés. Quando um colega lhe perguntou a razão de ele andar sempre com esses sapatos, o homem explicou:
- Não ganho dinheiro quase nenhum, tenho sempre fome, não tenho carro, a minha casa está a cair aos bocados, a minha mulher tem bigode e é feia como um bode …O único prazer que tenho na vida é chegar a casa e tirar os sapatos …
("Aprendi o Silêncio com os Faladores, a Tolerância com os Intolerantes, a Bondade com os Maldosos e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores." Khalil Gibran)

sábado, 10 de janeiro de 2015

Cliente antigo (piada)

Um homem depois de ter apanhado uma grande bebedeira vai roubar galinhas. No dia seguinte sente-se muito arrependido, vai ao confessionário e diz:
- Sabe senhor padre eu ontem não estava bem e fui roubar galinhas, o que é que eu hei-de fazer para remediar isto?
E o padre responde que ele deve dar 10 euros à primeira mulher que vir.
Ele sai da igreja (a igreja até ficava numa esquina) e encontra uma mulher e diz:
Queres 10 euros?
E a mulher responde: 25
E ele diz:
- Mas o senhor padre diz que são 10
- Mas o senhor padre já é cliente antigo!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Cavaco Silva...

Se há uma pessoa que personifica o actual sistema político e económico português, essa pessoa chama-se Aníbal Cavaco Silva.
Ninguém melhor do que ele simboliza a decadência do regime, a opacidade do seu funcionamento, a promiscuidade entre o poder político e o económico e financeiro, a descredibilização das instituições democráticas e a falência do sistema de justiça. Basta atentar na sua mensagem de Ano Novo, onde, entre outras pérolas, apela ao voto nos dois principais partidos do sistema, para – disse ele – obstar ao populismo. Cavaco Silva iniciou a sua ascensão política contra o Bloco Central (coligação entre o PS e o PSD) e acaba a defender um entendimento entre esses dois partidos porque ele sabe como ninguém quão convergentes são os interesses das respetivas clientelas político-económicas. Descontando o tempo em que foi ministro de Sá Carneiro e o da conspiração que se lhe seguiu contra um governo liderado pelo seu próprio partido, Cavaco esteve no poder dez anos como primeiro-ministro e outros dez como Presidente da República. Mas fala da política e dos políticos com a hipócrita repugnância de quem não desce a esse nível, esperando assim obter os benefícios de dois mundos incompatíveis. Eis um exemplo – aqui sim – do mais primário populismo. Pelo meio compra e vende ações (que não estavam no mercado) do BPN com lucros superiores a 100 por cento, torna-se proprietário de uma mansão de milionário, apoiou (-se em) Dias Loureiro, Duarte Lima, Oliveira e Costa, os quais fizeram fortunas ao seu lado. Além disso, traiu Fernando Nogueira (a quem devia o lugar de presidente do PSD), promoveu Durão Barroso, desvalorizou o escândalo Costa Freire-Zézé Beleza e o dos perdões fiscais e usou grande parte dos fundos comunitários para puro eleitoralismo. Que lugar terá na história um Presidente da República que garantia aos portugueses a idoneidade de um banco (o BES) apenas três semanas antes de esse banco se desfazer escandalosamente? Sem dúvida que ele será olhado no futuro como o símbolo e principal responsável político de um modelo financeiro que, com a cumplicidade dos partidos do sistema, funcionou como um casino até se desmoronar estrondosamente.
Marinho e Pinto-eurodeputado (in CM)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Crise do SNS é da "responsabilidade do senhor que ocupa Belém"

Carlos Caldas, em entrevista ao Diário de Notícias, acusa Cavaco Silva de ser o principal responsável pela crise no Serviço Nacional da Saúde.
Para o médico e cientista Carlos Caldas a crise vivida no Serviço Nacional de Saúde é culpa daqueles que “nos desgovernam”.
Em entrevista ao Diário de Notícias, o médico que lidera um laboratório no instituto de investigação sobre cancro, em Cambridge, os avanços que se registaram em Portugal na medicina e na ciência estão a ser destruídos e menosprezados.
A culpa é das “pessoas que nos desgovernam”, defende.
“Há responsabilidades morais que começam no senhor que ocupa o Palácio de Belém, que, quando foi primeiro-ministro, acabou com tudo no que era produção e cavou a dependência da União Europeia em que nos encontramos”, afirmou o cientista, referindo que a culpa é também dos “dirigentes atuais, que têm um pedigree que começa nesse senhor”.
Por fim, refere que em Portugal há um ensino “muito bom” e que deve ser aproveitado no futuro da ciência nacional.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Um niño com futuro

O espanholito fala com o pai:
-Papá, quando yo crescer yo quiero ser como usted.
-Y por que, mi hijo?! – Pergunta o orgulhoso madrileno.
-Para tener un hijo como yo.