sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Carta aberta - mais uma - a Passos Coelho

Cidadãos dos mais diversos quadrantes da sociedade entregaram ao primeiro-ministro e ao Presidente da República uma carta em que exigem a alteração das políticas do Governo ou a demissão do primeiro-ministro.
"Exmo. Senhor Primeiro-Ministro,
Os signatários estão muito preocupados com as consequências da política seguida pelo Governo.
À data das últimas eleições legislativas já estava em vigor o Memorando de Entendimento com a Troika, de que foram também outorgantes os líderes dos dois Partidos que hoje fazem parte da Coligação governamental.
O País foi então inventariado à exaustão. Nenhum candidato à liderança do Governo podia invocar desconhecimento sobre a situação existente. O Programa eleitoral sufragado pelos Portugueses e o Programa de Governo aprovado na Assembleia da República, foram em muito excedidos com a política que se passou a aplicar. As consequências das medidas não anunciadas têm um impacto gravíssimo sobre os Portugueses e há uma contradição, nunca antes vista, entre o que foi prometido e o que está a ser levado à prática. (Ler artigo complecto)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pobres dos nossos ricos!

(De: Mia Couto)
A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.
 Mas ricos sem riqueza.
Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.
Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.
Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro, ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos".
Aquilo que têm, não detêm.
Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros.
É produto de roubo e de negociatas.
Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram.
Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitavam de forças policiais à altura.
Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia.
Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade.
Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
MIA COUTO

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Carta aberta...

2012-11-23
Exmº Senhor Ministro das Finanças
LISBOA

 Excelência:
A poucos dias de completar 75 anos, a vida ensinou-me a não perder tempo com indivíduos arrogantes, incompetentes, ignorantes ou incoerentes daí, eu próprio, não entender a razão de estar a escrever-lhe, mas sinto que é um imperativo de consciência que dita esta carta.
Nasci um ano antes do início da segunda guerra mundial… (Ler artigo)

domingo, 25 de novembro de 2012

RTP: dois casos no novo caso!

RTP: A cilada dos relvistas para controlar a informação
Por: Eduardo Cintra Torres
Há dois casos no novo caso RTP. O caso das imagens — já muito tratado na imprensa — e o caso da demissão de Nuno Santos, cujos contornos a mesma imprensa tem ignorado. Dedico o Panóptico a este, anotado que fica que concordo que uma investigação independente do Estado (nem da RTP nem da PSP nem do MAI) averigúe os contornos legais do visionamento ou cedência de imagens.
O segundo caso é este: Nuno Santos foi vítima de uma cilada para colocar a Direcção de Informação (DI) da RTP ao serviço do governo. O assunto ficara esclarecido com o Conselho de Redacção, a Comissão de Trabalhadores e o "director-geral" Luís Marinho (entre aspas porque o cargo continua ilegal), e, através deste, com a administração. (Ler mais)...

Carta Aberta (para amigos Aposentados, Pensionistas e Reformados)

(Por: Rui Beja)
Iliteracia Ética
Ignorância e hipocrisia no confisco aos reformados

Iliteracia: incapacidade para perceber ou interpretar o que é lido
Ética: conjunto de regras de conduta
Ignorância: falta de ciência ou de saber
Hipocrisia: fingimento de bondade de ideias ou de opiniões apreciáveis
Confisco: apreensão de algo que contraria leis, regulamentos ou senso comum

Diz a voz popular que «estudante é um burro carregado de livros». Tomado habitualmente como uma graça que se diz afectuosamente a crianças em idade escolar, este aforismo tem, no entanto, um sentido profundo. De facto, um estudante que não vá mais longe do que carregar livros, «empinar» o que neles está contido e disso fazer citações grandiloquentes, não aprendeu a saber e, muito menos, a saber fazer. Pode ser «doutor», mas não tem cultura, ou seja, não entende o mundo onde vive e apenas lhe resta o vazio mental quando o que leu nos livros não adere à realidade. Pode autoproclamar-se dono da verdade e do rigor, mas desconhece o que seja o respeito pelo próximo, a solidariedade intergeracional, o rigor ético. Por outro lado, há muita e muita gente que teve de deixar a escola bem cedo mas que pela sua inteligência inata, a sua intuição, o seu esforço e o seu espírito humanista, soube aprender, sabe fazer e sabe ser socialmente responsável. Estes, são aqueles de quem o país precisa e dos quais recebe dádiva sem nada ter contribuído para a sua formação técnica e moral. Os outros, os que tudo receberam e nada entendem, nem sequer compreendem que a melhor dádiva que podem dar aos portugueses é deixarem o governo do país para outros com adequadas capacidades.
Vem isto a propósito da forma como o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, se tem comportado relativamente à proposta de lei do OE-2013. Incapaz de perceber o que leu nos livros sobre economia e de interpretar o efeito desastrosamente perverso da política de austeridade que em 2012 aplicou aos portugueses, resolveu, sem o mínimo respeito por regras de conduta transparente e consistente, e demonstrando uma aflitiva falta de ciência ou de saber, propor para 2013 uma dose mais forte do mesmo remédio. Quanto a iliteracia, ética e ignorância, estamos portanto conversados.
Mas ele há também a hipocrisia e o confisco. Recorrendo às notícias que vão sendo difundidas, em especial ao artigo publicado em 20 de Outubro de 2012 no Expresso - Economia sob o título Funcionários e pensionistas pagam 1/5 da austeridade, assinado por João Silvestre e Sónia M. Lourenço, e atentando no que a malfadada proposta de lei do OE-2013 diz especificamente sobre a «austeridade aplicada aos reformados e pensionista», tenho de fazer um enorme esforço para não ultrapassar os limites da contenção verbal civilizada, quando equaciono as seguintes questões:
Ao tentar iludir o Tribunal Constitucional e distrair os visados, dizendo que a proposta é agora equitativa, Vítor Gaspar incorre numa fraude moral, numa brincadeira de mau gosto, ou numa tentativa de se «escapar pela porta pequena» dizendo que as «forças de bloqueio» são responsáveis pela sua irresponsabilidade?
Quando diz que pretende «devolver» (será que sabe distinguir entre devolver e repor) 10% do Subsídio de Férias, está a ensaiar uma brincadeira de mau gosto, ou quer ofender os reformados e pensionistas?
Quando se propõe introduzir uma «contribuição extraordinária» que varia entre 3,5% e 10% para pensões mensais entre €1350 e €3750, valor acima do qual se aplica uma taxa fixa de 10%, tem consciência que está a tirar com uma mão o que repõe com a outra, ou acredita que os pensionistas e os juízes do Tribunal Constitucional são todos mentecaptos e não entendem a trapaça?
Quando quer instituir que todas as pensões vitalícias dos reformados, incluindo as que resultam de poupança privada (como seguros de vida, planos de poupança reforma e fundos e pensões das empresas) recebidas por cada titular, sejam somadas às reformas e pensões para efeitos de aplicação da «contribuição extraordinária», terá consciência de que o que pretende é equivalente a decretar que o Estado pode dedicar-se a extorquir ilegalmente qualquer outro tipo de poupanças, como por exemplo depósitos bancários que um reformado tenha acumulado para ocorrer a imprevistos de fim de vida?
Tudo isto é mau de mais para ser verdade. Apenas me resta recomendar que, quem tem poder para tal, siga, enquanto não é irremediavelmente tarde de mais, a atitude decorrente de um destes dois aforismos de origem germânica (sim, alemães): «é preferível um fim com horror do que um horror sem fim» e «nada se come tão quente como se cozinha».
Rui Beja

domingo, 18 de novembro de 2012

Tango milonga (festival tango, Viena 2012)

Passos Coelho, Obama e o Papa...

Passos Coelho, Obama e o Papa viajam  juntos no mesmo avião, quando aparece numa das asas o Diabo com uma enorme serra e começa a serrar a asa da aeronave.
Quando viram o Diabo ficaram apavorados, e Passos Coelho vira-se para o Obama:
- Obama, você que sabe falar e argumentar como ninguém, convença o cornudo a parar com isso senão vamos cair e morrer todos!
Obama foi até lá, conversou... conversou... e nada do capeta parar... 
Obama voltou e implorou ao Papa:
- Papa, só o senhor nos poderá salvar... Ele não quer nem conversa... vai mesmo derrubar o avião!!!
O Papa foi até ao Diabo, usou de toda sua persuasão, argumentou o que pôde... e nada... Desistiu, voltou e resumiu a conversa:
- Não sei o que fazer... Estamos perdidos... Vamos rezar!!!


Foi quando Passos Coelho se levantou e disse:
- Deixa comigo... Sou a última chance, vou tentar.
E lá foi ele falar com o Diabo. Mal trocaram duas palavras o Diabo parou de serrar a asa do avião... e sumiu.
Obama e o Papa ficaram surpreendidos e perguntaram: 
- O que é que você lhe disse?
- Companheiro... se eu morrer, vou formar governo no Inferno!

sábado, 17 de novembro de 2012

Vídeo dos protestos em Lisboa



Brandon Jourdan é um galardoado realizador independente, jornalista e escritor. É assim que este norte-americano se auto-descreve na internet. Esta semana esteve em Portugal e gravou os momentos altos dos protestos da greve geral de quarta-feira, 14 de novembro. (Ler mais)

"Português trabalhador"

Não vi, não ouvi, não falei! Sou como Cavaco!
Eu tenho a certeza de que o Presidente Cavaco Silva nos reserva uma enorme surpresa de Natal. Uma daquelas surpresas que, digamos, quase nos resolve a vida. Como pagar muito menos do que esperávamos em impostos ou, de repente, sabermos que afinal temos dinheiro para voltar a ter uma vida normal.
E por que motivo eu acredito nisto? É porque o Presidente Cavaco Silva, apesar de condenar os confrontos em São Bento e elogiar a polícia (o que, na minha opinião lhe fica bem), disse não ter ainda visto as imagens da pedrada. Ora, se não viu, é porque estava a trabalhar. Cavaco trabalha, podem crer. Se ele não vê uma cambada de energúmenos a mandar pedras à polícia, é porque está a trabalhar; se ele não vê uma carga policial, é porque está a trabalhar! Se ele não reparar que o regime democrático está em perigo, é porque está a trabalhar.
Cavaco também não sabe o que fazer a um Orçamento em que ninguém acredita. Está a trabalhar! Nem o que dizer sobre a situação social e um possível corte de quatro mil milhões... está a trabalhar! Nem sobre a necessidade de o PSD se entender com sindicatos e com o PS; está a trabalhar! Se quiserem que ele se pronuncie sobre uma qualquer solução política, ele está a trabalhar. Nos intervalos consegue pôr umas coisas no Facebook, mas não contem com ele para muito mais, porque está a trabalhar!
Tanto trabalho deve ter um propósito. E é nesse propósito que eu confio. Vai ser uma coisa excelente. Tem de ser bom. Um Presidente que não vê o seu país a cair aos bocados, é porque tem seguramente um enorme projeto entre mãos.
Que curioso estou em ver esse projeto. Não sei qual é, porque não vi, não ouvi, nem falarei dele. Sou como o Cavaco, estou a trabalhar!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"Quem rouba mais"?!

Quatro mil milhões
Discurso DirectoEduardo Dâmaso
O Governo tem de cortar quatro mil milhões de euros à despesa do Estado. Um valor cada vez mais convergente com a factura que temos vindo a pagar pelo buraco do BPN.
São, a somar, oito mil milhões que representam um verdadeiro tratado da incompetência política. Os quatro mil milhões do BPN são, também, um símbolo da impunidade reinante.
Quem roubou no BPN faz hoje parte do imenso grupo de acautelados face ao futuro e a qualquer espécie de crise. Fazem parte das mesmas elites que despudoradamente falam em cortar quatro mil milhões à despesa do Estado. Sem eufemismos, cortar à conta dos jovens, dos reformados e de uma classe média que todos os dias morre um bocadinho.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O bêbado e o espelho


Um bêbado entra em casa e dá de caras com o espelho que estava no hall.
Admirado, disse:
- Olá, tu por aqui? Que estás aqui a fazer? A tua cara não me é estranha....hmmmm....eu já te vi em qualquer lado!Mas deixa lá, também não faz mal....
E, dito isto, continuou viagem corredor a dentro. Chegado a meio, estacou repentinamente, deitou a mão à cabeça, e gritou:
- AAAHHHHHHH!!!!!!
Voltou para trás, encarou de novo e espelho e disse:
- Eu bem sabia....Eu vi-te no barbeiro!!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Manifestação junto à Assembleia da Républica

Pensamento do dia!


Farto de políticos…
Quando os Sócrates forem apenas Filósofos;
Os Alegres apenas Crianças;
Os Cavacos apenas instrumentos musicais;
Os Passos apenas os de dança;
Os Louçãs apenas erros ortográficos;
Os Jerónimos apenas monumentos nacionais;
Os Jardins locais de lazer;
E Portas só de abrir e fechar…
…Voltaremos a ser felizes:
Amén!!!!!

domingo, 11 de novembro de 2012

Vistas incríveis da terra

Verão de S.Martinho

«Lenda de S. Martinho
Segundo reza a lenda, num dia frio e tempestuoso de outono, um soldado romano, de nome Martinho, percorria o seu caminho montado no seu cavalo, quando deparou com um mendigo cheio de fome e frio. O soldado, conhecido pela sua generosidade, tirou a sua capa e com a espada cortou-a ao meio, cobrindo o mendigo com uma das partes. Mais adiante, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a outra metade. Sem capa, Martinho continuou a sua viagem ao frio e ao vento quando, de repente, como por milagre, o céu se abriu, afastando a tempestade. Os raios de sol começaram a aquecer a terra e o bom tempo prolongou-se por cerca de três dias. Desde essa altura, todos os anos, por volta do dia 11 de novembro, surgem esses dias de calor, a que se passou a chamar "verão de S. Martinho".»


===========================================================================



Com a conhecidagenerosidade da ilustre visitante” que Portugal vai ter amanhã, junto às previsões meteorológicas de tempo limpo com sol, espera-se que o “verão de S.Martinho” não se fique por um dia. Somos um país de muita castanha.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

"Não há miséria em Portugal"?!

O inacreditável discurso de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome.
A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome afirmou que “cá em Portugal não existe miséria”, apesar " de estarmos mais pobres". Estas declarações foram dadas numa entrevista no programa “ Edição da Noite”, da SIC Notícias, onde Isabel Jonet comparou a situação portuguesa com a grega.
Para Isabel Jonet, “há toda uma concepção de vida e de necessidade permanente de bens e consumo para uma satisfação das pessoas que conduz à felicidade que não é real”, acrescentando ainda que “vivemos de uma maneira idiota. Sou do tempo que lavava os dentes com o copo dos dentes. Os meus filhos lavam os dentes com a água a correr”, exemplifica, considerando que, ao longo do tempo, “perdeu-se a total noção do que é o custo de oportunidade”.  (Ler mais...)

Se assim é, vou deixar de contribuir para o Banco Alimentar contra a Fome.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ê amo o mê Alentejo!



Uma pesquisadora do IFADAP bate a uma porta, num montezinho perdido no interior do Alentejo e pergunta ao agricultor:

-Esta terra dá trigo?
-Nã senhora – respondeu o alentejano.

-Dá batata?
-Tamém não!

-Dá feijão?
-Nunca deu um!

-Arroz’
-De maneira nenhuma!

-Milho?
-Tá a gozar comigo?!

-Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada?
-Ah!!!...Se plantar já é diferente…

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Contra a visita de Merkel

Carta aberta a Ângela Merkel

Cara chanceler Merkel,
Antes de mais, gostaríamos de referir que nos dirigimos a si apenas como chanceler da Alemanha. Não votámos em si e não reconhecemos que haja uma chanceler da Europa. Nesse sentido, nós, subscritores e subscritoras desta carta aberta, vimos por este meio escrever-lhe na qualidade de cidadãos e cidadãs. Cidadãos e cidadãs de um país que pretende visitar no próximo dia 12 de Novembro, assim como cidadãos e cidadãs solidários com a situação de todos os países atacados pela austeridade. Pelo carácter da visita anunciada e perante a grave situação económica e social vivida em Portugal, afirmamos que não é bem-vinda. A senhora chanceler deve ser considerada persona non grata em território português porque vem, claramente, interferir nas decisões do Estado Português sem ter sido democraticamente mandatada por quem aqui vive.
Mesmo assim, como o nosso governo há algum tempo deixou de obedecer às leis deste país e à Constituição da República, dirigimos esta carta directamente a si. A presença de vários grandes empresários na sua comitiva é um ultraje. Sob o disfarce de "investimento estrangeiro", a senhora chanceler trará consigo uma série de pessoas que vêm observar as ruínas em que a sua política deixou a economia portuguesa, além da grega, da irlandesa, da italiana e da espanhola. A sua comitiva junta não só quem coagiu o Estado Português, com a conivência do governo, a privatizar o seu património e bens mais preciosos, como potenciais beneficiários desse património e de bens públicos, comprando-os hoje a preço de saldo.
 Esta interpelação não pode nem deve ser vista como uma qualquer reivindicação nacionalista ou chauvinista – é uma interpelação que se dirige especificamente a si, enquanto promotora máxima da doutrina neoliberal que está a arruinar a Europa. Tão pouco interpelamos o povo alemão, que tem toda a legitimidade democrática para eleger quem quiser para os seus cargos representativos. No entanto, neste país onde vivemos, o seu nome nunca esteve em nenhuma urna. Não a elegemos. Como tal, não lhe reconhecemos o direito de nos representar e menos ainda de tomar decisões políticas em nosso nome.
 E não estamos sozinhos. No próximo dia 14 de Novembro, dois dias depois da sua anunciada visita, erguer-nos-emos com outros povos irmãos numa greve geral que inclui muitos países europeus. Será uma greve contra governos que traíram e traem a confiança depositada neles pelas cidadãs e cidadãos, uma greve contra a austeridade conduzida por eles. Mas não se iluda, senhora chanceler. Também será uma greve contra a austeridade imposta pela troika e por todos aqueles que a pretendem transformar em regime autoritário. Será, portanto, uma greve também contra si. E se saudamos os nossos povos irmãos da Grécia, de Espanha, de Itália, do Chipre e de Malta, saudamos também o povo alemão que sofre connosco. Sabemos bem que o Wirtschaftswunder, o “milagre económico” alemão, foi construído com base em perdões sucessivos da dívida alemã por parte dos seus principais credores. Sabemos que a suposta pujança económica alemã actual é construída à custa de uma brutal repressão salarial que dura há mais de dez anos e da criação massiva de trabalho precário, temporário e mal-remunerado, que aflige boa parte do povo alemão. Isto mostra também qual é a perspectiva que a senhora Merkel tem para a Alemanha.
 É plausível que não nos responda. E é provável que o governo português, subserviente, fraco e débil, a receba entre flores e aplausos. Mas a verdade, senhora chanceler, é que a maioria da população portuguesa desaprova cabalmente a forma como este governo, sustentado pela troika e por si, está a destruir o país. Mesmo que escolha um percurso secreto e um aeroporto privado, para não enfrentar manifestações e protestos contra a sua visita, saiba que essas manifestações e protestos ocorrerão em todo o país. E serão protestos contra si e aquilo que representa. A sua comitiva poderá tentar ignorar-nos. A Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu podem tentar ignorar-nos. Mas somos cada vez mais, senhora Merkel. Aqui e em todos os países. As nossas manifestações e protestos terão cada vez mais força. Cada vez conhecemos melhor a realidade. As histórias que nos contavam nunca bateram certo e agora sabemos serem mentiras descaradas.
Acordámos, senhora Merkel. Seja mal-vinda a Portugal.
Envia-nos a tua subscrição desta carta aberta com o teu nome (e.g. Ana Pires, estudante, activista) para acordadosmerkel@gmail.com
Send us your subscription of this open letter with your name (e.g. John Adams, lecturer, anti-racist movement) to acordadosmerkel@gmail.com
(Retirado daqui e daqui)

Negócios de corruptos!


Quando não houver mais nada para entregar aos “amigos” que estão nas compras dos saldos em Portugal o que vamos fazer?
Fazendo as minhas leituras diárias obtive aqui informações que merecem reparos e interrogações.

Arte e diversão

terça-feira, 6 de novembro de 2012

CDS com estas coisas?!

“Desao Paulo Portas a mostrar ao país que não é funcionário da troika nem precisa de prestar provas perante Merkel.”

Gostar de Comboios...

Associação de Pensionistas e Reformados

(Associação de Pensionistas e Reformados)


“A falta de uma estrutura que represente os Reformados, Aposentados e Pensionistas, levou à criação de um amplo movimento cívico, de protesto e reivindicação, à margem de qualquer organização política e sindical, de forma a garantir os seus direitos consignados na Constituição. Este Movimento Cívico, reunido em Coimbra no dia 22 de Outubro de 2012, aprovou a constituição de uma Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados para cumprimento desse objectivo.”
Nota: postado na faixa direita deste blogue para consulta diária.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Poesia e sinónimos efectivos


 Portugal está na pobreza
Mas a Língua Portuguesa
Continua a enriquecer,
Já era uma Língua rica
Se agora mais rica fica
É o que está p’ra se ver.

 Há vocábulos usados
Com vários significados
Denominados homónimos;
Também se exprime a preceito
Uma ideia ou um conceito
Usando vários sinónimos.

Está neste caso “ ROUBAR “
 “ FURTAR “,“ DESAPROPRIAR “
 “ SURRIPIAR” e “ EXTORQUIR”;
“ RAPINAR” ou “ SAQUEAR “
“ ESBULHAR “e “ GATUNAR “
“ PILHAR “ e “ SUBTRAIR “.

“ PALMAR “ e “ LARAPIAR “
“ BIFAR “, “PIFAR “, ou “ GAMAR”
Mesmo que seja em calão;
“ ASSALTAR “ ou “ SALTEAR “
“ TIRAR “, “ LIMPAR “, “ DESPOJAR”,
Tem tudo a mesma acepção.

“ CONFISCAR “, “ DESAPOSSAR “,
“ APROPRIAR “, “ ESPOLIAR “
São conceitos semelhantes;
“ RIPAR “ e “AMARFANHAR “
 “ ARREPANHAR “, “ EMPALMAR “,
Larápios são uns tratantes.

Surge agora um novo termo
Criado por um estafermo
Que nos está a “ (des) governar”;
Com imprevidentes “ PASSOS “
Fazendo de nós palhaços
Inventa o verbo … ” gaspar “.

“ GASPAR “ é neologismo
Que nos lança para o abismo
Num desastre humanitário;
Mesmo com o país enfermo
Vamos extirpar tal termo
Do nosso vocabulário.

(Autor desconhecido)

Arte e imaginação

sábado, 3 de novembro de 2012

Entrevista a Tony Benn

Citações como: “as pessoas educadas, saudáveis e confiantes são mais difíceis de controlar”, ou “assustando e desmoralizando as pessoas para as poder controlar”, desperta o interesse para ver este Vídio.

Câmara do "NYT" capta furacão nos Estados Unidos