sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ai mirra Mirra!!!

  Era uma vez... há 2011 anos atrás, três reis resolveram seguir uma estrela refulgente,  montados em três majestosos camelos.
 
 
Chegados a Belém,   pararam junto a um estábulo e espreitando lá para dentro, Belchior, Gaspar e Baltasar viram o menino (Jesus), com Maria sua mãe.
 
Prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.
 
Belchior (o branco)   terá oferecido ouro,   Gaspar (o amarelo) terá oferecido incenso e Baltazar (o negro) terá oferecido mirra.
 
Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes,   regressaram por outros caminhos às suas terras.
 
Muito embora nada mais se refira sobre este assunto nas Escrituras, a história não acabou aqui.
 
Diz-se por aí, à boca fechada, que Gaspar se terá enganado no caminho e 2011 anos passados,   chegou a um país à beira-mar plantado.
 
Praticamente sem vintém, Gaspar tenta agora reaver a fortuna do passado.
 
Das toneladas de ouro de que terá ouvido falar, apenas resta uma pequena parte.
 
Incenso nem vê-lo, terá sido queimado aquando dos festejos da Liberdade.
 
Resta-lhe mirra, MUITA MIRRA.
 
Mirra a saúde, mirra a educação, mirram os empregos, mirram os ordenados, mirram as pensões de reforma, mirra a justiça, mirra a segurança de pessoas e bens, mirram os direitos e a liberdade.
 
Em suma, mirra este povo que heroicamente para uns, pateticamente para outros, tem o FADO por destino.

Lagosta à moda da Troika!

 Recomendação;
Em tempo de crise com dieta obrigatória e ” passos…dados em direcção desconhecida”, temos esta alternativa para a passagem de ano...
 


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sinceridade!


(Cópia parcial de e-mail recebido.)
  Você sabia que a palavra “sincera” foi inventada pelos romanos?
  Eles fabricavam certos vasos com uma cera especial tão pura e perfeita, que os vasos se tornavam transparentes.
  Em alguns casos era possível distinguir os objectos guardados no interior do vaso.
  Para um vaso assim, fino e límpido, diziam os romanos: “-Como é lindo! Parece até que não tem cera!”

  “Sim cera” queria dizer “sem cera”, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes.
  Com o tempo, o vocábulo “sine cera” se transformou em sincero e passou a ter um significado relativo ao carácter humano.

  Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações.
  A pessoa sincera, à semelhança do vaso, deixa ver através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração.
  Assim, procuremos a virtude da sinceridade.

  Por que razão ocultar a verdade, se é a verdade que nos liberta da ignorância?
  Por que razão usar disfarces, se cedo ou tarde eles caem, e seremos obrigados a enfrentar as consequências funestas da mentira?
  Por que razão dissimular, se não desejamos jamais ouvir a dissimulação na voz das pessoas que nos cercam?
  Quem luta para ser sincero conquista a confiança de todos, e, por consequência, seu respeito.
  Quem é sincero jamais enfrentará a vergonha de ser descoberto em falsidades.

  Sejamos sinceros, lembrando sempre que essa virtude é delicada, é respeitosa, jamais nos permitindo atirar a verdade nos rostos alheios, como uma rocha cortante.
  Sejamos sinceros como educadores de nossos filhos.
  Primemos pela honestidade, ensinando-lhes valores morais, desde cedo, principalmente através de nossos exemplos.
  Sejamos o vaso finíssimo que permite a quem o observa perceber seu rico conteúdo.

  Lembremo-nos do vaso transparente de Roma.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Coral Russo!...

Vídeo de Coral Russo (clicar) com espetáculo, arte e beleza.

Imagem do Dia!...


<Notícias da Visão>;
As luzes de Portugal e Espanha definem a Península Ibérica nesta fotografia da ISS. As diferentes áreas metropolitanas dos dois países estão marcadas por grandes focos de luz, tendo maior destaque em Madrid e Lisboa.
Além de Portugal e Espanha, a agência norte-americana também põe em evidência o estreito de Gibraltar, a França e o norte de África.
A Península Ibérica é a que está mais ocidental das restantes duas, a Península Itálica e os Balcãs. É formada pelos territórios de Portugal, Espanha, Gibraltar, Andorra e uma pequena fracção do território francês. Tem aproximadamente 590 mil quilómetros quadrados e é banhada pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Efeitos da crise.

Ontem é história; o amanhã é um mistério...

A mais antiga de Portugal


A mais antiga de Portugal
   Mesmo não havendo respeito por algumas árvores antigas ou de espécie protegida (veja-se o caso do sobreiro com abates ilegais clicar nos últimos anos) ainda vamos recebendo notícias de uma ou outra árvore que por algum acaso conseguiu chegar a centenária ou milenária.
   A oliveira tem sido das árvores encontradas em Portugal com mais idade e algumas com mais anos que a nossa nacionalidade.
   A certificação mais recente foi atribuída ao exemplar existente em Santa Iria de Azóia, em cujo estudo efectuado pela UTAD clicar lhe foram atribuídos 2850 anos e a mais antiga do nosso país. 
   Em breve poderá deixar de o ser. Haverá certamente mais estudos em árvores cuja existência se conhece e que aguardam a sua certificação clicar Até lá, esta oliveira é, como ser vivo, o nosso monumento nacional mais antigo.


domingo, 25 de dezembro de 2011

Novos Laboratórios



  Sem publicidade a marcas de analgésicos, é muito usado a aspirina. Além de outros efeitos actua no alívio da dor e febre e o mais usado é a sua toma por via oral.
  A troika e seus colaboradores, oferecem outras marcas com efeitos mais prolongados e em que não é preciso usar água ou leite; basta levantar o rabo mais um pouco.
  Será que ainda vamos ter mais anti-inflamatórios de acção rápida?!...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Uma carta GRANDE ou longa...



Este texto foi publicado  no Facebook pela sua autora.

Exmo Senhor Primeiro Ministro

Começo por me apresentar, uma vez que estou certa que nunca ouviu falar de mim. Chamo-me Myriam. Myriam Zaluar é o meu nome "de guerra". Basilio é o apelido pelo qual me conhecem os meus amigos mais antigos e também os que, não sendo amigos, se lembram de mim em anos mais recuados.

Nasci em França, porque o meu pai teve de deixar o seu país aos 20 e poucos anos. Fê-lo porque se recusou a combater numa guerra contra a qual se erguia. Fê-lo porque se recusou a continuar num país onde não havia liberdade de dizer, de fazer, de pensar, de crescer. Estou feliz por o meu pai ter emigrado, porque se não o tivesse feito, eu não estaria aqui. Nasci em França, porque a minha mãe teve de deixar o seu país aos 19 anos. Fê-lo porque não tinha hipóteses de estudar e desenvolver o seu potencial no país onde nasceu. Foi para França estudar e trabalhar e estou feliz por tê-lo feito, pois se assim não fosse eu não estaria aqui. Estou feliz por os meus pais terem emigrado, caso contrário nunca se teriam conhecido e eu não estaria aqui. Não tenho porém a ingenuidade de pensar que foi fácil para eles sair do país onde nasceram. Durante anos o meu pai não pôde entrar no seu país, pois se o fizesse seria preso. A minha mãe não pôde despedir-se de pessoas que amava porque viveu sempre longe delas. Mais tarde, o 25 de Abril abriu as portas ao regresso do meu pai e viemos todos para o país que era o dele e que passou a ser o nosso. Viemos para viver, sonhar e crescer.

Cresci. Na escola, distingui-me dos demais. Fui rebelde e nem sempre uma menina exemplar mas entrei na faculdade com 17 anos e com a melhor média daquele ano: 17,6. Naquela altura, só havia três cursos em Portugal onde era mais dificil entrar do que no meu. Não quero com isto dizer que era uma super-estudante, longe disso. Baldei-me a algumas aulas, deixei cadeiras para trás, saí, curti, namorei, vivi intensamente, mas mesmo assim licenciei-me com 23 anos. Durante a licenciatura dei explicações, fiz traduções, escrevi textos para rádio, coleccionei estágios, desperdicei algumas oportunidades, aproveitei outras, aprendi muito, esqueci-me de muito do que tinha aprendido.

Cresci. Conquistei o meu primeiro emprego sozinha. Trabalhei. Ganhei a vida. Despedi-me. Conquistei outro emprego, mais uma vez sem ajudas. Trabalhei mais. Saí de casa dos meus pais. Paguei o meu primeiro carro, a minha primeira viagem, a minha primeira renda. Fiquei efectiva. Tornei-me personna non grata no meu local de trabalho. "És provavelmente aquela que melhor escreve e que mais produz aqui dentro." - disseram-me - "Mas tenho de te mandar embora porque te ris demasiado alto na redacção". Fiquei.

Aos 27 anos conheci a prateleira. Tive o meu primeiro filho. Aos 28 anos conheci o desemprego. "Não há-de ser nada, pensei. Sou jovem, tenho um bom curriculo, arranjarei trabalho num instante". Não arranjei. Aos 29 anos conheci a precariedade. Desde então nunca deixei de trabalhar mas nunca mais conheci outra coisa que não fosse a precariedade. Aos 37 anos, idade com que o senhor se licenciou, tinha eu dois filhos, 15 anos de licenciatura, 15 de carteira profissional de jornalista e carreira 'congelada'. Tinha também 18 anos de experiência profissional como jornalista, tradutora e professora, vários cursos, um CAP caducado, domínio total de três línguas, duas das quais como "nativa". Tinha como ordenado 'fixo' 485 euros x 7 meses por ano. Tinha iniciado um mestrado que tive depois de suspender pois foi preciso escolher entre trabalhar para pagar as contas ou para completar o curso. O meu dia, senhor primeiro ministro, só tinha 24 horas...

Cresci mais. Aos 38 anos conheci o mobbying. Conheci as insónias noites a fio. Conheci o medo do amanhã. Conheci, pela vigésima vez, a passagem de bestial a besta. Conheci o desespero. Conheci - felizmente! - também outras pessoas que partilhavam comigo a revolta. Percebi que não estava só. Percebi que a culpa não era minha. Cresci. Conheci-me melhor. Percebi que tinha valor.

Senhor primeiro-ministro, vou poupá-lo a mais pormenores sobre a minha vida. Tenho a dizer-lhe o seguinte: faço hoje 42 anos. Sou doutorada e investigadora da Universidade do Minho. Os meus pais, que deviam estar a reformar-se, depois de uma vida dedicada à investigação, ao ensino, ao crescimento deste país e das suas filhas e netos, os meus pais, que deviam estar a comprar uma casinha na praia para conhecerem algum descanso e descontracção, continuam a trabalhar e estão a assegurar aos meus filhos aquilo que eu não posso. Material escolar. Roupa. Sapatos. Dinheiro de bolso. Lazeres. Actividades extra-escolares. Quanto a mim, tenho actualmente como ordenado fixo 405 euros X 7 meses por ano. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. A universidade na qual lecciono há 16 anos conseguiu mais uma vez reduzir-me o ordenado. Todo o trabalho que arranjo é extra e a recibos verdes. Não sou independente, senhor primeiro ministro. Sempre que tenho extras tenho de contar com apoios familiares para que os meus filhos não fiquem sozinhos em casa. Tenho uma dívida de mais de cinco anos à Segurança Social que, por sua vez, deveria ter fornecido um dossier ao Tribunal de Família e Menores há mais de três a fim que os meus filhos possam receber a pensão de alimentos a que têm direito pois sou mãe solteira. Até hoje, não o fez.

Tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: nunca fui administradora de coisa nenhuma e o salário mais elevado que auferi até hoje não chegava aos mil euros. Isto foi ainda no tempo dos escudos, na altura em que eu enchia o depósito do meu renault clio com cinco contos e ia jantar fora e acampar todos os fins-de-semana. Talvez isso fosse viver acima das minhas possibilidades. Talvez as duas viagens que fiz a Cabo-Verde e ao Brasil e que paguei com o dinheiro que ganhei com o meu trabalho tivessem sido luxos. Talvez o carro de 12 anos que conduzo e que me custou 2 mil euros a pronto pagamento seja um excesso, mas sabe, senhor primeiro-ministro, por mais que faça e refaça as contas, e por mais que a gasolina teime em aumentar, continua a sair-me mais em conta andar neste carro do que de transportes públicos. Talvez a casa que comprei e que devo ao banco tenha sido uma inconsciência mas na altura saía mais barato do que arrendar uma, sabe, senhor primeiro-ministro. Mesmo assim nunca me passou pela cabeça emigrar...

Mas hoje, senhor primeiro-ministro, hoje passa. Hoje faço 42 anos e tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: Tenho mais habilitações literárias que o senhor. Tenho mais experiência profissional que o senhor. Escrevo e falo português melhor do que o senhor. Falo inglês melhor que o senhor. Francês então nem se fale. Não falo alemão mas duvido que o senhor fale e também não vejo, sinceramente, a utilidade de saber tal língua. Em compensação falo castelhano melhor do que o senhor. Mas como o senhor é o primeiro-ministro e dá tão bons conselhos aos seus governados, quero pedir-lhe um conselho, apesar de não ter votado em si. Agora que penso emigrar, que me aconselha a fazer em relação aos meus dois filhos, que nasceram em Portugal e têm cá todas as suas referências? Devo arrancá-los do seu país, separá-los da família, dos amigos, de tudo aquilo que conhecem e amam? E, já agora, que lhes devo dizer? Que devo responder ao meu filho de 14 anos quando me pergunta que caminho seguir nos estudos? Que vale a pena seguir os seus interesses e aptidões, como os meus pais me disseram a mim? Ou que mais vale enveredar já por outra via (já agora diga-me qual, senhor primeiro-ministro) para que não se torne também ele um excedentário no seu próprio país? Ou, ainda, que venha comigo para Angola ou para o Brasil por que ali será com certeza muito mais valorizado e feliz do que no seu país, um país que deveria dar-lhe as melhores condições para crescer pois ele é um dos seus melhores - e cada vez mais raros - valores: um ser humano em formação.

Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentarismo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.

Com o mais elevado desprezo e desconsideração, desejo-lhe, ainda assim, feliz natal OU feliz ano novo à sua escolha, senhor primeiro-ministro.

E como eu sou aqui sem dúvida o elo mais fraco, adeus.

Myriam Zaluar, 19/12/2011

Coisas da Comunicação?!


<<O PORQUÊ DO ECLIPSE DAS NOTÍCIAS SOBRE DUARTE LIMA

Curioso…Não acham?

Quando o assunto foi apenas o assassínio no Brasil de uma idosa para efeitos de “golpe de baú”…eram notícias todos os dias…curioso…
Mas quando o assunto passou a ser as suas negociatas escuras com o BPN…acabaram-se as notícias…
Silencio…não vá ele bufar o muito que sabe sobre a temática…

Porque será?
Ele saberá demais e terá ameaçado pôr a boca no trombone?>>

As interrogações acima expostas, são das muitas que os Portugueses fazem diariamente. Sou parte dessas centenas de milhar e não deve ser difícil ver onde está o travão!...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SONHE E VOE!


POR VEZES HÁ DESCUIDOS...

A rapaziada da PSP agora ocupa o seu tempo com estes afazeres.
Tudo em nome da segurança!!!


Para vossa informação este brinquedo está instalado na Av. de Ceuta e dispara aos 50 km/h (nem mais nem menos).

A multa é elevada e dá direito a um mês sem carta. Até agora só os Lisboetas são os felizes contemplados com estes brinquedos, mas posteriormente a Brigada de Trânsito vai dispor de mais 50 unidades...

Atenção por este Portugal fora..


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Precisamos de rir...(para esquecer os mandantes)

É preciso desmistificar alguns preconceitos acerca do consumo do vinho.

1. O VINHO PODE MATAR?Pode. Há uns anos, um rapaz foi atingido por um barril de vinho que caiu de um camião levando-o à morte instantânea.

2. O USO CONTINUADO DO ÁLCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?Não. O álcool é a mais pesada das drogas: uma garrafa de vinho pesa cerca de 900 gramas .

3. O VINHO CAUSA DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA?Não. Cerca de 89,7% dos psiquiatras, psicólogos e psicanalistas entrevistados preferem cerveja.

4. MULHERES GRÁVIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?Sim. Está provado que nas operações STOP a polícia nunca faz o teste do balão às grávidas.

5. O VINHO PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?Não. Experiência com mais de 500 condutores: foi dada uma grade com garrafas de vinho para cada um abrir e beber. As últimas foram abertas e bebidas no mesmo tempo gasto com as primeiras. Em nenhuma das garrafas os reflexos foram alterados.
6. A BEBIDA ENVELHECE?Sim. A bebida envelhece muito depressa. Se deixar uma garrafa de vinho aberta de um dia para o outro, altera o paladar e o aroma e chega mesmo a avinagrar passadas algumas semanas.

7. O VINHO CONDICIONA NEGATIVAMENTE O RENDIMENTO ESCOLAR?Não, pelo contrário. Algumas universidades estão a aumentar os lucros com a venda de vinho a copo nas cantinas e bares.

8. O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?O estudo confirma que, em primeiríssimo lugar, o empregado de mesa.

9. O VINHO ENGORDA?Não. Tu é que engordas.

10. O VINHO CAUSA PERDA DE MEMÓRIA?Que eu me lembre, não.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Minha iPedra !


Vamos reflectir?...

"Quando você perceber que, para produzir, precisa de obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem não negocia com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada"
Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (Judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Já vivi nesse país e não gostei...



 Um texto de Isabel do Carmo no Público:

O primeiro-ministro anunciou que íamos empobrecer, com aquele desígnio de falar “verdade”, que consiste na banalização do mal, para que nos resignemos mais suavemente. Ao lado, uma espécie de contabilista a nível nacional diz-nos, como é hábito nos contabilistas, que as contas são difíceis de perceber, mas que os números são crus. Os agiotas batem à porta e eles afinal até são amigos dos agiotas. Que não tivéssemos caído na asneira de empenhar os brincos, os anéis e as pulseiras para comprar a máquina de lavar alemã. E agora as jóias não valem nada. Mas o vendedor prometeu-nos que… Não interessa.
Vamos empobrecer. Já vivi num país assim. Um país onde os “remediados” só compravam fruta para as crianças e os pomares estavam rodeados de muros encimados por vidros de garrafa partidos, onde as crianças mais pobres se espetavam, se tentassem ir às árvores. Um país onde se ia ao talho comprar um bife que se pedia “mais tenrinho” para os mais pequenos, onde convinha que o peixe não cheirasse “a fénico”. Não, não era a “alimentação mediterrânica”, nos meios industriais e no interior isolado, era a sobrevivência.
 Na terra onde nasci, os operários corticeiros, quando adoeciam ou deixavam de trabalhar vinham para a rua pedir esmola (como é que vão fazer agora os desempregados de “longa” duração, ou seja, ao fim de um ano e meio?). Nessa mesma terra deambulavam também pela rua os operários e operárias que o sempre branqueado Alfredo da Silva e seus descendentes punham na rua nos “balões” (“Olha, hoje houve um ‘ balão’ na Cuf, coitados!”). Nesse país, os pobres espreitavam pelos portões da quinta dos Patiño e de outros, para ver “como é que elas iam vestidas”.
 Nesse país morriam muitos recém-nascidos e muitas mães durante o parto e após o parto. Mas havia a “obra das Mães” e fazia-se anualmente “o berço” nos liceus femininos onde se colocavam camisinhas, casaquinhos e demais enxoval, com laçarotes, tules e rendas e o mais premiado e os outros eram entregues a famílias pobres bem- comportadas (o que incluía, é óbvio, casamento pela Igreja).
 Nesse país morriam muitos recém-nascidos e muitas mães durante o parto e após o parto. Mas havia a “obra das Mães” e fazia-se anualmente “o berço” nos liceus femininos onde se colocavam camisinhas, casaquinhos e demais enxoval, com laçarotes, tules e rendas e o mais premiado e os outros eram entregues a famílias pobres bem- comportadas (o que incluía, é óbvio, casamento pela Igreja).
Na terra onde nasci e vivi, o hospital estava entregue à Misericórdia. Nesse, como em todos os das Misericórdias, o provedor decidia em absoluto os desígnios do hospital. Era um senhor rural e arcaico, vestido de samarra, evidentemente não médico, que escolhia no catálogo os aparelhos de fisioterapia, contratava as religiosas e os médicos, atendia os pedidos dos administrativos (“Ó senhor provedor, preciso de comprar sapatos para o meu filho”). As pessoas iam à “Caixa”, que dependia do regime de trabalho (ainda hoje quase 40 anos depois muitos pensam que é assim), iam aos hospitais e pagavam de acordo com o escalão. E tudo dependia da Assistência. O nome diz tudo. Andavam desdentadas, os abcessos dentários transformavam-se em grandes massas destinadas a operação e a serem focos de septicemia, as listas de cirurgia eram arbitrárias. As enfermarias dos hospitais estavam cheias de doentes com cirroses provocadas por muito vinho e pouca proteína. E generalizadamente o vinho era barato e uma “boa zurrapa”.
 E todos por todo o lado pediam “um jeitinho”, “um empenhozinho”, “um padrinho”, “depois dou-lhe qualquer coisinha”, “olhe que no Natal não me esqueço de si” e procuravam “conhecer lá alguém”.
 Na província, alguns, poucos, tinham acesso às primeiras letras (e últimas) através de regentes escolares, que elas próprias só tinham a quarta classe. Também na província não havia livrarias (abençoadas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian), nem teatro, nem cinema.
 Aos meninos e meninas dos poucos liceus (aquilo é que eram elites!) era recomendado não se darem com os das escolas técnicas. E a uma rapariga do liceu caía muito mal namorar alguém dessa outra casta. Para tratar uma mulher havia um léxico hierárquico: você, ó; tiazinha; senhora (Maria); dona; senhora dona e… supremo desígnio – Madame.
Os funcionários públicos eram tratados depreciativamente por “mangas-de-alpaca” porque usavam duas meias mangas com elásticos no punho e no cotovelo a proteger as mangas do casaco.
Eu vivi nesse país e não gostei. E com tudo isto, só falei de pobreza, não falei de ditadura. É que uma casa bem com a outra. A pobreza generalizada e prolongada necessita de ditadura. Seja em África, seja na América Latina dos anos 60 e 70 do século XX, seja na China, seja na Birmânia, seja em Portugal.