sábado, 11 de maio de 2013

Inimputáveis!

Por: Waldemar Abreu (jornal i)
Na Segunda Guerra Mundial os nazis conduziram os judeus para os campos da morte. Desconheciam ao que iam.

Hoje as pessoas são empurradas para o desemprego e para a reforma. Começaram por não saber o que as esperava. Agora já não têm dúvidas: cortes brutais no subsídio de desemprego e no valor das reformas.
É uma variante do Holocausto. Há 70 anos, a morte. Agora, a miséria.
Os que nos trouxeram até aqui têm nome e rosto. Pavoneiam-se por aí. Dificuldades, não sabem o que isso é. Megalómanos, oportunistas e prestidigitadores, quase todos cavalgaram o pote em benefício próprio, seja no estrangeiro, seja na banca ou no regaço do Estado. Alguns, em nome das audiências (!) aparecem mesmo na pantalha, apontando caminhos que nunca souberam trilhar.
Só faltava mesmo, agora, indexar o valor das reformas ao desempenho da economia.«…»
Deviam identificar e concentrar-se nos milhares de “boys” e “girls” dos partidos do chamado “arco do poder”, colocados ao longo dos anos em todas as áreas da estrutura do Estado, principalmente em lugares cimeiros e intermédios, onde mais dói na despesa. Rapaziada amiga com cartões partidários.«…»
Enquanto os inimputáveis, políticos incluídos, permanecerem intocáveis, não haverá equidade. Os chamados “homens bons”, com sentido de Estado e de serviço público, já lá vão. Começaram a desaparecer na década de 80. Ainda restam alguns, mas estão afastados dos centros de decisão. Quando desaparecerem, ficamos entregues à providência. Há não muito tempo, Manuela Ferreira Leite pronunciou uma frase marcante: “As máquinas partidárias não produzem nada de jeito”! 

Assustadora, a miséria que paira um pouco por todo o lado. Mais do que a miséria material, dói a miséria moral.
Em Nuremberga, fez-se justiça. Por cá, não é suposto ir-se além da responsabilização política.(Ler artigo...)

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