Os
trunfos políticos de Passos Coelho eram a sua suposta eficiência e presumida
honestidade.
Longe
vão os tempos em que os maiores trunfos políticos de Passos Coelho eram a sua
suposta eficiência e a sua presumida honestidade. A eficiência, que resistiu a
ir pelo cano com o facto de a austeridade aumentar a dívida em vez de a
controlar, estatelou--se no asfalto com o Citius e os professores. Já a
honestidade começou a esboroar-se com o caso Tecnoforma e acaba de estirar-se
ao comprido com o BES.
Todos
os chefes de um executivo vivem da credibilidade da sua palavra. Mas o mito do
homem de Massamá, honrado e moderado, já foi. Passos garantiu que "os
contribuintes não voltariam a ser chamados à responsabilidade por problemas que
não foram criados por eles", até porque isso seria "usar o seu dinheiro para pagar a falta
de ética e de escrúpulos", e agora o governo declarou que o buraco do BES
vai ser coberto pelos contribuintes.
Muito
bem, Sr. Primeiro-Ministro. Obriga-nos, então, a pagar dos nossos bolsos a
antiética e a ilegalidade. Pois tenho a impressão que a falta de palavra vai o
senhor pagá-la. E oxalá também seja a dobrar.
Joana Amaral
Dias, Professora Universitária - CM
Neste caso os contribuintes só podem ser penalizados por via da Caixa Geral de Depósitos. Privatize-se a CGD e problema fica resolvido...
ResponderEliminarNão defendo a privatização da CGD mas é a minha opinião.
ResponderEliminarUm abraço amigo Kruzes.