quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Passos Coelho não é (só) mentiroso: é cínico!

João Lemes Esteves, Expresso
Como todos os leitores sabem, Pedro Passos Coelho anda em campanha para a sua reeleição como Presidente do PSD. Em função da sua jornada de "caça aos votos", confrontamo-nos com o cenário peculiar de desdobramento de personalidade: de dia, o Passos Coelho, Primeiro-Ministro, utiliza o mesmo tom negativista de sempre, o mesmo ar cinzento, melodramático, inflexível a qualquer entendimento que envolva o PS; de noite, temos o Passos Coelho, candidato a Presidente do PSD, que afirma que o período mais crítico já foi ultrapassado; Portugal tem os melhores indicadores da década; o desemprego já diminuiu - e a Senhora Merkel já está feliz. De dia, Passos Coelho é rezingão, é o "paizinho" que fala rigidamente para os portugueses, cheio de autoridade bacoca; à noite, é o Passos Coelho versão "porreiro, pá!" que discursa e se ri muito, enquanto aborda o tema menor da sua agenda - o desemprego e o sofrimento real dos portugueses. Enquanto enaltece com grande entusiasmo a política de privatizações do seu Governo - claro que foi uma política levada a cabo com enorme transparência: primeiro vendeu as empresas e, no final, aprovou uma lei-quadro das privatizações - mede cada palavra, mede cada conceitozinho técnico; já quando muda o discurso para o tópico do desemprego, a emigração dos jovens, o sofrimento real dos portugueses - Passos Coelho sorri, conta uma anedota, uma piada, faz escárnio. Enfim, Passos Coelho sofre do complexo de inferioridade dos líderes fracos…………. Sempre que Passos Coelho fala, há sempre dúvidas muito fundadas de que as suas palavras manipulam os factos, não correspondendo à realidade...
Enfim, Passos Coelho não é um "catavento catalisador de contrapoderes" (?!, o que raio significa isto? Perguntem aos génios passistas...): é um falso, intriguista e cínico. Assim nasceu para política, assim nela sobreviveu e assim morrerá politicamente. Faltar à verdade, actuar com reserva mental na sua vida política, para Passos Coelho já não é defeito - é feitio... <Ler artigo complecto>

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