domingo, 19 de janeiro de 2014

Notas soltas!

Eduardo Oliveira Silva, jornal i

Dignidade exemplar
Teresa Leal Coelho mostrou uma rara coerência e dignidade. Era contra a convocação do referendo sobre a co-adopção, não compareceu à votação (ou seja, não se vergou à disciplina partidária, mas não votou a favor) e demitiu-se da função de vice-líder da bancada do PSD. Para quem é tão próxima de Passos Coelho não deve ter sido fácil. Mas louvem-se-lhe a coragem e a seriedade.

A boa e a má moeda jornalística
As recentes recomendações da PGR relativamente à violação do segredo de justiça indignaram alguns, mas têm uma virtude. Responsabilizam os que se limitam a regurgitar e publicar o que lhes dão a comer. São simples, mas cúmplices, marionetas nas mãos de quem verdadeiramente viola a lei. São passadores para a opinião pública de informações orientadas supostamente jornalísticas. São, também às vezes, os primeiros a não aceitar regras do bom senso e a preservação do bom nome de cada um, até que a justiça se pronuncie, acuse e condene. Os casos recentemente ocorridos com Angola são paradigmáticos, mas cá dentro há outros em que o sensacionalismo de encomenda se substitui à verdadeira investigação jornalística, que é aquela que origina processos e não a que vai atrás deles. Lembram-se do Watergate?

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