sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Calibrar - não há como fugir.

Henrique Monteiro, Expresso
Já se sabe o plano B do Governo. Era C - de calibrar. Mas o certo é que todos nós aprendemos, de pequenos, que não se pode ter tudo. Se não pode haver convergência de pensões da forma que o Executivo queria, se não deve haver (e disso estou eu também seguro) aumento de impostos; se os credores não deixam aumentar o défice, a algum sítio se havia de ir buscar o dinheiro em falta, quase 400 milhões.
Foram à Contribuição Extraordinária de Solidariedade, coisa que extraordinariamente, do meu ponto de vista, o TC não considerou um imposto na decisão referente ao ano passado. E vão recalibrar a sua incidência, começando a cobra-la a partir de valores mais baixos (cerca de 1000 euros, diz-se). Também carregam na contribuição da ADSE. Ou seja, o Governo tendo ficado sem cão, caça com gato, mas os caçados são os mesmos. Claro que isto ainda vai ser discutido com o Parlamento e com os parceiros, diz o ministro, mas já se percebeu que, mais coisa menos coisa é isto.
A pergunta mais funda, no entanto, é: poder-se-ia fazer isto de outro modo? Claro que sim! Que agradasse a todos? Claro que não? Que ao menos fosse justo? Não creio!

Já muitas vezes escrevi que perdemos a liberdade ao ter de escolher entre males menores. E entre isto e o aumento de impostos - e com o devido respeito para os funcionários públicos e pensionistas, que também existem na minha família - antes isto. 

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