terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Palavras para iludir!

Eduardo Oliveira Silva (notas soltas), jornal i
Recalibrar. Mudar a base de incidência. Contribuição e não imposto. Não se trata de uma TSU. 95% dos pensionistas ficam de fora. São apenas exemplos ilustrativos da demagogia dialéctica a que chegámos. Por mais voltas que os governantes dêem, a verdade é uma. Os reformados da classe média foram afectados e com um novo imposto que começa em 3,5%, a partir de mil euros, e chega a 40% nas pensões mais altas. É essa a realidade, e o facto de haver gente com pensões de menos de mil euros significa que nunca ganharam para ter uma vida confortável. Com a medida agora tomada passa a haver mais pensionistas pobres, que engrossarão as cantinas sociais ou deixarão de ajudar familiares em dificuldades. Vale a pena ainda dizer que estão também penduradas na Segurança Social milhares de pessoas que nunca contribuíram e mesmo assim recebem pensões justas, que deveriam ser pagas directamente pelo Orçamento do Estado e não por via da Segurança Social. Finalmente, a prova de que as palavras são levadas pelo vento surgiu quinta-feira quando Mota Soares anunciou uma comissão que vai substituir os cortes da contribuição extraordinária por medidas permanentes. Afinal de que vale a palavra da ministra das Finanças a respeito da transitoriedade?

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