quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O que viu Passos Coelho em Nuno Crato?

Pedro Passos Coelho noticiou ontem que Nuno Crato, após a catadupa de falhas e erros no início do ano lectivo, se ofereceu, de baraço ao pescoço, ao sacrifício da demissão mas "nunca evitou agarrar no problema e nunca procurou lavar as mãos do assunto. Isso só significa que acertei quando o escolhi para ser ministro da Educação". E, por isso, Crato prossegue, serenamente, a gestão de um ministério onde, no projecto de Orçamento do Estado, se promete cortar para o ano mais 700 milhões de euros.
Se o objectivo de Passos, quando formou governo, foi o de procurar homens e mulheres que teimosamente insistissem em repetir erros em cima de erros, sem nunca perder a determinação com que procuram novos erros para cometer, então, não há dúvida, Nuno Crato foi uma escolha espectacular.
De resto o homem já reincidiu: os tais 700 milhões de cortes inscritos por Maria Luís Albuquerque nas contas da Educação são "na prática, 200 milhões" disse-nos ele guiado, suspeito, pela habitual matemática obstinadamente errada e candidamente adorada pelo chefe do governo. Com números lidos assim adivinho já as casas de apostas a tratar de cotar a data da próxima paralisia das aulas em Portugal: "Será antes das férias de Natal (pagamos 1,2 por cada euro apostado) ou no segundo período (4,50 por cada euro apostado)? (Ler artigo complecto)
Pedro Tadeu, DN

2 comentários:

  1. "nunca evitou agarrar no problema e nunca procurou lavar as mãos do assunto. .." Já agora! Se criou as situações/erros que os assuma e resolva! É o mínimo porque para salvar a cara e a honra( se é que a tem) há dois procedimentos a tomar: 1) demitir-se de imediato, mesmo que o "capo" se oponha. 2) Ser individualmente responsabilizado, por ação da JUSTIÇA, pelos gastos que o Ministério vai ter de assumir, ao ressarcir os professores e famílias vítimas desta pandilha de gravata e ainda ao pagamento de horas extraordinárias nas escolas para recuperar os conteúdos das disciplinas! Deviam ser processados todos os políticos que, manifestamente, delapidam dinheiros públicos por incúria! Ou então um tirázio intimidatório entre os pés.

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  2. Este senhor está dentro do grupo de políticos à portuguesa. Mentiroso,irresponsável, agarrado ao poder, teimoso e agressivo (vejam o olhar dele quando fala).
    Pessoas sem honra...e está quase tudo dito.
    Grato por seu comentário.

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