segunda-feira, 11 de março de 2013

"Papa em Belém"

Cavaco tem uma visão papista da Presidência. É certo que não aparece à janela do palácio, todos os domingos de manhã, a acenar aos portugueses – mas cultiva o mesmo magistério de recolhimento e meditação.
Mais depressa chega aos céus a voz do Sumo Pontífice que as inquietações do Presidente aos ouvidos do chefe do Governo. Cavaco transformou o palácio de Belém num mosteiro mendicante – dedicado à reflexão e ao sofrimento, no mais condoído e mortificante silêncio, para salvação do País. Podia ser um caminho para a redenção. As piedosas intenções têm sido em vão. Passos não se comove. E não foi para jejuns ou votos de silêncio que dois milhões e 200 mil portugueses o elegeram.

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