O
direito ao disparate é a coisa que, na Europa, parece estar mais bem
distribuída.
Frente
aos patrões alemães, Merkel disse que há demasiados licenciados em Portugal e
Espanha. Ora, pouco mais de 17 em cada 100 portugueses adultos são licenciados.
Na Alemanha, são mais de 25.
Como
não se conhecem declarações de Merkel sobre a necessidade de os alemães
deixarem de ir à faculdade, a chanceler exibe uma ideia muito própria da
divisão europeia do trabalho.
A
norte, doutores, instruídos e, supõe-se, bem pagos; a sul, trabalhadores
braçais, a precisarem certamente de maior disciplina nos horários e na idade da
reforma.
Se
isto não é construção europeia…
Carlos Rodrigues, Director-adjunto CM
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