Armando Esteves Pereira,
Director-adjunto CM
O
secretário de Estado dos Assuntos Fiscais diz que a subida do IVA de 13% para
23% na restauração permitiu um encaixe adicional de 180 milhões de euros.
Mas,
tal como notam os empresários do setor, as contas das receitas fiscais não são
só de somar. Entrou mais dinheiro do IVA, mas como os cafés e restaurantes
foram obrigados a esmagar as margens para sobreviver, a redução de receitas
levou a cortes que passaram por despedimentos que certamente atingiram milhares
de empregados.
E
se do lado do passivo contarmos os subsídios de desemprego e a queda nas
receitas do IRS das pessoas que perderam o trabalho, o Estado até pode ter tido
prejuízo.
Não
se governa um país com contas de mercearia.
Continuo a pensar que o problema da restauração - bem como de outros sectores - tem pouco a ver com a taxa de iva aplicável. O problema está mais relacionado com a falta de dinheiro das pessoas e a alteração dos hábitos de consumo. Depois, no verso da medalha, há a fuga ao fisco que neste sector é muito,mas mesmo muito grande.
ResponderEliminarEstou de acordo, que a fuga ao fisco existe e continuará.
ResponderEliminarNo encaixe que se "fez", é muito inferior ao que o Estado tem de pagar aos desempregados do sector e o prejuízo é suportado por todos nós(reformados e trabalhadores no activo).