terça-feira, 6 de março de 2012

O apanha bolas










O temido Cavaleiro sem Cabeça de Tim Burton não era uma lenda. O conhecido Ministro sem Ministério também não o é. Neste Governo há um ministério enorme e há um ministro que se perdeu nele. Ainda tem cabeça.

Os caça-fantasmas procuram Álvaro Santos Pereira mas não descobrem nem o ministro, nem o ministério, nem as suas competências. O pomposo Ministério da Economia e do Emprego era para ser um Titanic. Hoje é uma piroga.

Perdeu as PPP, retiraram-lhe o QREN, não tem emprego para dar. Só lhe sobra desemprego para distribuir como se fossem rosas do seu regaço. Álvaro Santos Pereira é um ministro que assombra um ministério em vez de o gerir. E sobretudo em vez de ser o contraponto, no Governo, às políticas de austeridade.

Nenhum país vive só de contenção fiscal. Precisa de economia. Quando esta é um fantasma é porque o conceito se extinguiu mesmo que exista um ministro. Para se ser ministro da Economia de um país periférico em crise financeira não basta saber falar inglês, sorrir muito com ar tímido e gostar de pastéis de nata.

É preciso ter músculo. E, francamente, Álvaro Santos Pereira, neste Governo, não é um mestre de Kung Fu. É um apanha-bolas. A sua ingenuidade foi quando perdeu a oportunidade de utilizar o QREN como o seu murro na mesa. Ao perdê-lo destruiu a sua oportunidade política. E, como se sabe, sem poder próprio um independente é o primeiro a ser descartado de um Governo.

Álvaro Santos perdeu-se no enorme labirinto que é o ministério onde tem uma cómoda cadeira e uma imponente secretária. Sem economia e sem emprego só lhe resta extinguir-se como ministro.

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