segunda-feira, 14 de maio de 2012

Manifesto

"O manifesto abaixo indicado, circula por e-mail com identificação do autor.
Retirei a identificação por decisão pessoal, mas, por estar de acordo com o artigo, coloco a mensagem." (A.R.)
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Não sou Funcionário Público, mas o Estado trata-me como se eu o fosse enquanto REFORMADO.

Dizem que os Reformados não têm poder de contestação, que de nada lhes serve tomar uma atitude contestatária (uma GREVE deles é inconsequente por não afectar nada nem ninguém).

Eu não estou de acordo! E como tal, decidi tomar uma posição que traduzo no seguinte:

MANIFESTO

Considerando:

1. Que me foram retirados o 13º e 14º mês até 2018;
2. Que me reduziram a Reforma para a qual fiz descontos milionários durante uma vida de trabalho;
3. Que me foram aumentados os descontos para o IRS, o IMI, no Consumo
de Electricidade, da Água e do Gás, para a "Compensação aos  Operadores" respectivos (EDP, Tejo Energia e Turbo Gás), nos  Combustíveis, para o Investimento das Energias Renováveis, para os  custos da Autoridade da Concorrência e da ERSE, na Alimentação, na
taxa de Esgotos, para a Utilização do Subsolo, para a Rádio, para a  Televisão, para a TNT, para a Harmonização Tarifária dos Açores e  Madeira, Rendas de Passagem pelas Autarquias e Munícipes, para o  auxílio social aos calões que recebem indevida e impunemente o RSI
(Rendimento para a Inserção Social), para pagamento dos cartões de crédito de políticos, para as portagens nas SCUTS e aumento nas auto-estradas, para a recuperação de BPNs, para que os Dias Loureiros,
os Duartes Limas, os Isaltinos de Morais e quejandos depositem as  minhas economias em nome deles em offshores, para as novas taxas de  Apoio Social, para as remodeladas Taxas de Urgência nos Hospitais  Civis, para as asneiras provocadas pelas ideias megalómanas de  políticos incompetentes que criaram auto-estradas sem trânsito, para  as Contrapartidas e Compensações a Concessionários de diferentes  estruturas, para pagamento das dívidas às Parcerias Público-Privadas  durante 50 anos ou mais, etc., etc., etc., tudo recheado com 23% de  IVA (por enquanto);

4. Que, cada voto que um cidadão deposita na urna eleitoral, para além
de pôr no poleiro os espertalhões que os (se) governam, representa um  óbolo igual a 1/135 do salário mínimo nacional (actualmente em EUR485,00) a reverter para os seus cofres (1 voto = EUR3,60), a que  acrescem as subvenções às campanhas e verbas para os grupos
parlamentares.
(Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas
Eleitorais: Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho, com as alterações
introduzidas pelo Decreto-lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro
(Declaração de Rectificação n.º 4/2004, de 9 de Janeiro), Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro1 e Lei n.º 55/2010, de 24 de Dezembro). 5. Que esse valor é atribuído pelos quatro anos de legislatura, o que significa entregar aos partidos votados o quadruplo dessa importância
(EUR14,40), atingindo uma despesa superior a 70 milhões de euros;
Fonte:

6. Que, no caso dos votos em branco ou nulos, essa valia é distribuída por todos os partidos concorrentes às eleições;

7. E que, se eu me abstiver de votar, não há montante a ser distribuído pelos partidos concorrentes às eleições,

Eu, um cidadão de pleno direito, com todos os impostos pagos e ainda credor do Estado por taxação indevida e não devolvida em sede de IRS, embora prescindindo de uma liberdade coarctada durante quase 40 anos e restituída em 25 de Abril de 1974, decido que, dependendo do cenário político-económico, meu e do meu país, entrarei em GREVE DE ELEITORADO, e SUSPENDO O MEU DIREITO DE VOTO ATÉ 2018!

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