sábado, 8 de fevereiro de 2014

Factura da sorte ou como rifar o défice externo.

Luís Reis Ribeiro, dinheiro vivo
Em 2013, o Governo "liberal na economia" de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas fez primeiro um "enorme aumento de impostos". Não contente com o prejuízo moral que a jogada provocou no seu eleitorado, em 2014 vai rifar carros. Carros... A esmagadora maioria importados, a distribuir pelas "famílias endividadas" que "consomem acima das suas possibilidades". Pior: automóveis novos de gama alta.

A memória é curta, as eleições estão à porta, cortar na despesa custa e gera anti-corpos políticos, é sempre mais fácil ir pela coleta de impostos, mas basta recuar três anos (à altura em que o Executivo PSD/CDS ganhou as eleições) para se perceber o grotesco desta nova situação.
O défice comercial no segmento dos veículos automóveis foi - durante anos a fio, até 2011 - um dos maiores catalisadores do tão famigerado desequilíbrio externo da economia.

2 comentários:

  1. É difícil perceber os portugueses. Por um lado lamentam-se dos impostos altos. Depois não concordam em contribuir para que todos - ou o maior número possível - pague impostos. A seguir acham que o Estado deve cortar na despesa. Mas se corta aqui d'el rei, vão cortar a outro que não a mim...Assim, faça-se a justiça de reconhecer, é difícil governar!

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  2. ...mas não justifica tanta desgovernação! Será?

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