O
primeiro-ministro deve ter a mesma transparência que teve no caso da
licenciatura da Lusíada e mostrar as suas contas bancárias.
O
debate parlamentar de ontem não trouxe as respostas claras que se exigiam a
Pedro Passos Coelho. Passamos a saber que o primeiro--ministro recebeu despesas
de representação do Centro Português para a Cooperação (CPC), organização não
governamental ligada ao grupo Tecnoforma entre 1995 e 1999, mas desconhecemos
os montantes, a forma e as datas em que tais despesas foram pagas. A informação
é importante na estrita medida que existe uma denúncia anónima que refere um
valor de 150 mil euros que terá sido pago entre 97 e 99 – valor que Passos
Coelho continua a não desmentir. A situação, portanto, não ficou clarificada.
Todas
as dúvidas podiam ter ficado esclarecidas se Passos Coelho tivesse respondido
afirmativamente ao desafio de António José Seguro: que mostrasse as suas contas
bancárias para se perceber que montantes entraram na sua conta e de que forma.
A quebra do sigilo bancário, conjuntamente com a disponibilização das
declarações de IRS, poderia permitir o esclarecimento das dúvidas. Seria uma
decisão a favor da transparência. Quem não deve, não teme. Não seria nenhum
“striptease” porque os valores da transparência e do escrutínio dos titulares
dos órgãos de soberania sobrepõem-se ao direito da reserva da vida privada. Ser
remediado e transparente é (continuar a ler)
Luís Rosa, jornal i
Sem comentários:
Enviar um comentário