domingo, 28 de setembro de 2014

Pedro Passos Coelho. Remediado e transparente

O primeiro-ministro deve ter a mesma transparência que teve no caso da licenciatura da Lusíada e mostrar as suas contas bancárias.
O debate parlamentar de ontem não trouxe as respostas claras que se exigiam a Pedro Passos Coelho. Passamos a saber que o primeiro--ministro recebeu despesas de representação do Centro Português para a Cooperação (CPC), organização não governamental ligada ao grupo Tecnoforma entre 1995 e 1999, mas desconhecemos os montantes, a forma e as datas em que tais despesas foram pagas. A informação é importante na estrita medida que existe uma denúncia anónima que refere um valor de 150 mil euros que terá sido pago entre 97 e 99 – valor que Passos Coelho continua a não desmentir. A situação, portanto, não ficou clarificada.
Todas as dúvidas podiam ter ficado esclarecidas se Passos Coelho tivesse respondido afirmativamente ao desafio de António José Seguro: que mostrasse as suas contas bancárias para se perceber que montantes entraram na sua conta e de que forma. A quebra do sigilo bancário, conjuntamente com a disponibilização das declarações de IRS, poderia permitir o esclarecimento das dúvidas. Seria uma decisão a favor da transparência. Quem não deve, não teme. Não seria nenhum “striptease” porque os valores da transparência e do escrutínio dos titulares dos órgãos de soberania sobrepõem-se ao direito da reserva da vida privada. Ser remediado e transparente é (continuar a ler)
Luís Rosa, jornal i

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