quarta-feira, 7 de maio de 2014

Os novos golpistas

A linguagem patriótica do Governo sobre a ‘saída limpa' do resgate roça o obsceno.
Sugerir que o 4 de maio entra para a história como se fosse um 25 de Abril ou um 1640 deste milénio, que nos libertámos da ditadura dos credores, é uma vergonha. Dizer isso é partir do princípio de que vem aí um novo tempo, que a vida vai ser mais fácil, mais livre, e que PSD e CDS foram os golpistas libertadores. Não é verdade. A vida não vai ficar mais fácil para os que trabalham por conta de outrem e os credores só daqui por 20 anos deixarão de fiscalizar as contas. De resto, vamos continuar com a política de sempre, que nos conduziu várias vezes a abismos como o destes últimos anos.
Eduardo Dâmaso, director-adjunto-CM

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