terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Quantos somos afinal?



Portugalidade, não Lusofonia.
A Portugalidade existe, em primeiro lugar, enquanto família de homens e mulheres. Não tem significado firme; a sua substância e definição variam de local para local, contexto para contexto, tempo para tempo. Há, contudo, caracteres profundos e estruturantes que lhe dão forma segura; esses caracteres, que constituem a essência do que é a Portugalidade, incluem frequentemente a língua, mas não têm de resumir-se a ela – e nem têm, como tantas vezes sucede, de abrangê-la. Pela Ásia, inumeráveis comunidades portuguesas sentem-se portuguesas, preservam características inquestionavelmente lusas e consideram-se emocional, religiosa, cultural e politicamente relacionadas com Portugal. E não têm, para que assim seja, de expressar-se no nosso idioma, uma vez que esse, votado a criminoso abandono de séculos, se perdeu já em grande número delas. Portugalidade, pois, sim; Lusofonia, não.
A razão de ser da escolha é, em primeiro lugar, ontológica;

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