Acaba hoje aquela
que constitui a mais penosa experiência política a que me foi dado assistir na
minha vida adulta em democracia. Salvaguardadas as excepções que sempre existem,
quero dizer que nunca me senti tão distante de uma governação como daquela que
este país sofreu desde 2011.
Não duvido que
alguns dos governantes que hoje transitam para o passado tentaram fazer o seu
melhor ao longo destes cerca de quatro anos e meio. Em alguns deles detectei mesmo competência técnica e profissional, fidelidade a uma linha de orientação
que consideraram ser a melhor para o país que lhes calhou governarem. Mas há
coisas que, na globalidade do governo a que pertenceram, nunca lhes perdoarei.
Desde logo, a
mentira, a descarada mentira com que conquistaram os votos crédulos dos
portugueses em 2011, para, poucas semanas depois, virem a pôr em prática uma
governação em que viriam a fazer precisamente o contrário daquilo que haviam
prometido. As palavras fortes existem para serem usadas e a isso chama-se
desonestidade política. (ler artigo complecto)
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