terça-feira, 30 de junho de 2015

E ficam dezoito?

O que se passa na Grécia devia ser motivo de um amplo debate em Portugal. Não é. Os partidos com representação na Assembleia da República, salvo raras exceções, limitam-se a palavras de circunstância sem a mínima clareza, tentam passar entre os pingos da borrasca a pensar nas eleições que se aproximam. Aqui ao lado, em Espanha, no domingo à noite, foi convocada uma reunião de emergência para analisar as consequências da crise grega. Em Portugal, vive-se o tal conto de crianças: querem fazer-nos acreditar que sairemos incólumes desta rotura. Não sairemos nós, não sairá a Europa.
Aníbal Cavaco Silva, o mais alto dignitário da nação, numa declaração plena de cinismo, lamenta: gostaria que a Grécia se mantivesse no euro. Mas, se tiver de sair, ficam 18.
O senhor presidente da República parece não perceber o momento que vivemos. Os eurocratas europeus...


Paula Ferreira-JN

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