Manuel Catarino, Redator principal-CM
Este Governo tinha tudo para levar a cruz até ao fim: maioria parlamentar, apoio incondicional do Presidente da República, oposição simpática e sem grandes ideias.
Mas o Governo, numa altura em que o País precisa de estadistas, desfaz-se num indecoroso espetáculo em resultado de uma guerra pessoal entre duas criaturas menores, Passos e Portas, que não nasceram para os negócios de Estado.
Restar-nos-ia o Presidente – não fosse o caso de a atual crise já ter provado, cruel verdade, que Cavaco está como o almirante Tomaz quando foi preciso substituir o inválido Salazar: "Tanta opinião diferente, meu Deus, que uma pessoa até fica tonta."
O pior de tudo é que a oposição mata qualquer esperança.
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