Nas minhas Recordações não queria deixar de incluir uma fase da vida, pela qual, a maioria dos da minha idade, teve que passar.
Todos gostamos de ser jovens, mesmo sem a contagem de aniversários, e muitos conseguem essa maravilha que é poder ser jovem e já “maduro”. Há um conjunto de causas que favorece estes (as) premiados (as) sem que o rumo da vida seja alterado.
Refiro-me àqueles que orientam as suas vidas dentro do rumo normal. Os que são “velhos “ com pouca idade e os que ainda são jovens com muitos anos, mas sem responsabilidades na sua conduta, não fazem parte deste conjunto.
Quem é sexagenário ou mais, poderá descrever como era obtida, na maior parte dos casos, a sua maturidade!...
Chegados os 20 anos de idade: … serviço militar obrigatório, ida para o antigo ultramar português e regresso 24/30 meses depois, para recomeçar a vida de novo.
Tinha ficado desfeita, a iniciada construção de algumas carreiras profissionais, estudos não concluídos e até, em alguns casos, vidas de casais interrompidas.
Além da dureza da guerra ou do isolamento a que estiveram expostos no tempo de vida militar, acrescia o afastamento da família e amigos e, a falta de alguns “mimos” que alguns mais felizardos possuíam.
Isto marcava a vida dos intervenientes (houve excepções por fugas à vida militar ou por incapacidades físicas) e por muito “fortes” que fossem, as marcas desta passagem era visível das maneiras mais variadas.
A passagem á 2ª fase da vida (os jovens deixaram de o ser pelo amadurecimento forçado) era feita com uma visão de maturidade, que abriu, na sua maior parte, oportunidades para o futuro e respeito dos que com eles conviviam.
Nos dias de hoje ainda há quem tenha esta passagem. A vida por vezes é madrasta, mas há quem lute pelas adversidades e consiga aquilo que sempre desejou. Os outros, os que não têm força nem coragem (existem em percentagem elevada) são os consumidores de ilusões que tardam a “acordar” e, quando despertam, as oportunidades passaram!...
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