sábado, 9 de fevereiro de 2013

Batota e banca!

Pensar alto por: Joana Amaral Dias
Não foi em vão que os bancos forçaram a entrada da troika: desde aí têm dinheiro a rodos e os seus soldados nos lugares certos. Tanto, que muitos currículos dos membros do governo ou são batota ou banca.
A Batota: já conhecíamos a dos CV de Relvas e do PM (Tecnoforma). Agora sabemos que o secretário de Estado (SE) do Desenvolvimento Rural omitiu que assessorava a ministra da Agricultura. E que o novo SE da Alimentação foi nomeado diretor-geral de Veterinária dois dias antes, garantindo o lugar quando deixar o governo. Já da banca é de onde vem o Ministro da Saúde, o SE Adjunto do PM e ainda António Borges, o SE dos Transportes, o presidente da Estradas de Portugal, o presidente dos CTT (para vender) e a nova SE da Administração Local. Claro que o novo SE do empreendedorismo que omitiu a sua passagem pela SLN é o mais paradigmático: acumula a trapaça e a promiscuidade com o poder financeiro. Dois em um. Mas Franquelim Alves é só mais um caso – este governo é todo um mundo de Franquensteins Alvos. Daqueles que lavam mais branco.

A desculpa conveniente da crise!

A credibilidade dos banqueiros nesta crise financeira ainda foi mais atingida do que o balanço dos bancos.
Mas afinal a tempestade só veio destapar os negócios excêntricos de quem aproveitou a época do dinheiro fácil e barato para apostar na especulação, sem pesar as consequências. Embriagados com os lucros nas contas, prémios milionários, com uma supervisão relapsa, os bancos financiaram os especuladores da Bolsa e do betão num país com uma economia com pés de barro.
Os crimes do BPN e do BPP são casos extremos deste modelo, mas não são os únicos. Nas contas, as imparidades agora declaradas são apenas a ponta do icebergue.
Como já está decretado que os bancos não podem declarar falência, os buracos de todas as instituições são assuntos que interessam aos contribuintes. Por isso, era bom que a Justiça investigasse com detalhe os empréstimos não pagos. Porque justificar com a crise todos os buracos é uma desculpa conveniente que esconde alguns megafraudes.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Foto do mês?!

O repórter fotográfico Luis Carregã fez publicar na edição de sábado 28 de Janeiro e na primeira página do diário As Beiras, uma foto que é uma peça de verdadeiro jornalismo.
A imagem foi obtida na saída do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, após visita ao Museu Machado de Castro , em Coimbra, e mostra o primeiro-ministro sentado no carro oficial, tendo a seu lado, por baixo do separador central do banco traseiro, o livro “A diplomacia de Salazar”.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Humor carnavalesco!


A Freira e o taxista
Uma freira faz sinal para um táxi parar.
Ela entra e o taxista não pára de olhar para ela.
- Por que você me olha assim?
Ele explica:
- Tenho uma coisa para lhe pedir, mas não quero que fique ofendida...
Ela responde:
- Meu filho, sou freira há muito tempo e já vi e ouvi de tudo.
Com certeza, não há nada que você possa- me dizer ou pedir que eu ache ofensivo.
- Sabe, é que eu sempre tive na cabeça uma fantasia de ser beijado na boca por uma freira...
A freira:
- Bem, vamos ver o que é que eu posso fazer por você:
primeiro, você tem que ser solteiro, do Sporting e também católico.
O taxista fica entusiasmado:
- Sim, sou solteiro, do Sporting desde criança e até sou católico também!
A freira olha pela janela do táxi e diz:
- Então, páre o carro ali na próxima travessa.
O carro pára na travessa e a freira satisfaz a velha fantasia do taxista com um belo beijo na boca.
Mas, quando continuam para o destino, o taxista começa a chorar.
- Meu filho, diz a freira, porque estás a chorar?
- Perdoe-me Irmã, mas confesso que menti: sou casado, do Benfica e sou protestante.
A freira conforta-o:
- Não faz mal. Eu também estou a caminho de um baile de máscaras, chamo-me Alfredo... ... ...e sou igualmente do BENFICA!



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O rei da amnésia

Correio Directo por:Eduardo Dâmaso
O primeiro-ministro está apoquentado com as perguntas que lhe fazem sobre o ‘caso Franquelim Alves’, fazendo profissão de fé na honestidade do novo secretário de Estado.
Ora, não estando em causa a honestidade do gestor,o que é certo é que ele foi uma espécie de rei da amnésia quando foi ouvido no Parlamento sobre o BPN.
Estava lá mas não sabia de nada, não tinha ouvido nada. Essa é uma conduta impossível no exercício de funções públicas ou de responsabilidades subordinadas a escrutínio público. A amnésia cirúrgica não é compatível com a ideia de Estado de Direito. Nem o cinismo do CDS, que passou de perseguidor do BPN a donzela incomodada com o alarido...

Estação Espacial!

Ver como se consegue “viver” tantos meses neste “espaço”!...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"A troika e a tralha"

Dia a dia por: João Vaz
Há os que clamam contra a troika e os que denunciam a tralha. A troika é de fora. A tralha acumula-se cá dentro. Os funcionários do socorro de crédito, com FMI, BCE e Comissão Europeia, estão identificados e são fáceis de invetivar.
A tralha é uma nebulosa que, como se diz do nevoeiro, quanto maior é menos se vê. Inclui o chamado bloco central dos interesses, a corrupção, a captura do estado por poderes obscuros, o BPN, o BPP e não sei quantos mais bancos, personagens políticas como Oliveira Costa, Duarte Lima, Dias Loureiro, José Sócrates e companhia, para só falar de atores famosos da vida pública nacional.
A tralha é a doença do País e a troika o médico mandado pelos credores. Um Portugal saudável tem de tratar a doença e dispensar o médico. Ninguém com saúde, a crescer e sem problemas necessita de check-ups, como as avaliações da troika , de cinco em cinco meses. O pior é a tralha, a doença. Ninguém vive bacteriologicamente puro. Há sempre um parasita, uma infeção, um vírus a obrigar a ação do sistema imunológico. O médico até pode matar, mas morre-se sempre é da doença. Os portugueses têm de pensar no País. Dispensar a troika e tratar da tralha.