Passos Coelho tem
razão quando diz que foram criados perto de 130 mil empregos. Porém, o
primeiro-ministro não referiu que, antes dessa recuperação e durante o seu
mandato, foram destruídos mais de 400 mil postos de trabalho.
O
primeiro-ministro decidiu puxar pelos galões. Durante uma das suas intervenções
no debate quinzenal de quarta-feira, 6 de Maio, Pedro Passos Coelho lembrou que
o seu Governo foi responsável pela criação de quase 130 mil postos de trabalho,
comparando esse número com uma promessa antiga, nunca cumprida, de José
Sócrates (criação de 150 mil empregos).
Na
realidade, até agora, o saldo deste Executivo no capítulo do emprego é muito
negativo, com a destruição de 300 mil empregos.
…nos
últimos oito trimestres houve, de facto, criação de emprego. Não 130 mil como
diz o primeiro-ministro, mas não muito longe: foram 123 mil, segundo o INE).
Mas
essa não é a principal imprecisão dessas declarações. É que Passos Coelho não
refere que antes desses oito trimestres de recuperação do mercado de trabalho
há outros oito com sucessivas destruições de emprego.
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