Para quem se apresenta publicamente num Blogue, após abandono profissional, e procura assuntos para evolução cultural (minha primeira etapa), terá que ter alguma coragem e poder de aventura. Humildemente realizarei apresentações, informarei o conveniente e respeitarei as amizades que possam surgir. Dos amigos que tenho e aos que se poderão juntar, espero um envolvimento construtivo. O meu abraço de agradecimento. António Rosa.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
É a vaidade social...
UMA LIÇÃO DE HUMILDADE
Um psicólogo fingiu
ser varredor durante 1 mês e viveu como um ser invisível.
O psicólogo social FB
da Costa vestiu a farda de varredor durante 1 mês e varreu as ruas da
Universidade de São Paulo, onde é professor e investigador, para concluir a sua
tese de mestrado sobre 'invisibilidade pública'. Ele procurou mostrar com a sua
investigação a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção
humana totalmente condicionada pela divisão social do trabalho, onde se
valoriza somente a função social e não a pessoa em si. Quem não está bem
posicionado sob esse critério, torna-se uma mera sombra social.
Constatou que, aos
olhos da sociedade, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.
...
Ele trabalhava apenas meio-dia
como varredor, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas, mas garante que
teve a maior lição de sua vida: “Descobri que um simples BOM DIA, que nunca
recebi como varredor, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria
existência”, explica o investigador. Diz que sentiu na pele o que é ser tratado
como um objecto e não como um ser humano. “Os meus colegas professores que me
abraçavam diariamente nos corredores da Universidade passavam por mim e não me
reconheciam por causa da farda que eu usava.”
- O que sentiu,
trabalhando como varredor?
Uma profunda angústia.
Uma vez, um dos
varredores convidou-me para almoçar no refeitório central. Entrei no Instituto
de Psicologia para levantar dinheiro, passei pelo piso térreo, subi as escadas,
percorri todo o segundo andar, passei pela biblioteca e pelo centro académico,
onde estava muita gente conhecida. Fiz todo esse percurso e ninguém EM ABSOLUTO
ME RECONHECEU. Fui inundado de uma indescritível tristeza.
- E depois de um mês a
trabalhar como varredor? Isso mudou?
Fui-me habituando a
ser ignorado. Quando via um colega professor a aproximar-se de mim, eu até
parava de varrer, na esperança de ser reconhecido, mas nem um sequer olhou para
mim.
- E quando voltou para
casa, para o seu mundo real, o que mudou?
Mudei substancialmente
a minha forma de pensar. A partir do momento em que se experiência essa
condição social, não se esquece nunca mais. Esta experiência mudou a minha
vida, curou a minha doença burguesa, transformou a minha mente. A partir desse
dia, nunca mais deixei de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o
trabalhador saber que eu sei que ele existe, que é importante, que tem valor.
Aprendi verdadeiramente,
com esta experiência, o valor da dignidade.
sábado, 27 de dezembro de 2014
Convite para jantar (entre amigos)
…a
minha porta fica em frente ao elevador.
Basta
tocares à campainha com o cotovelo que nós abrimos logo.
-
Percebi tudo, mas só não compreendo por que é que tenho de carregar nos botões
sempre com o cotovelo e de empurrar e puxar portas sempre com o pé?!...
-
Amigo Carlos... Não acredito que venhas jantar a minha casa e venhas de mãos
vazias!...
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Culpados do desastre
As
audições parlamentares sobre o colapso do BES já são suficientes para confirmar
que esta tragédia podia ter sido evitada
Um
dos maiores e mais relevantes bancos da economia portuguesa acabou por ser cobaia
de nova legislação europeia, prejudicando directamente milhares de accionistas,
obrigacionistas, trabalhadores que vão ser despedidos e empresas que ficaram
sem crédito. A maior quota de responsabilidade deste desastre é necessariamente
da administração do banco e de Ricardo Salgado, que contaminaram o BES com activos
tóxicos do GES e ficaram sujeitos a uma exposição perigosa ao banco de Angola,
cujo controlo de gestão perderam. Mas o Banco de Portugal e o Governo também
não ficam isentos de culpas.
Armando
esteves Pereira, Director-adjunto CM
domingo, 14 de dezembro de 2014
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
As Moscas

Baptista Bastos, Jornalista
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Prostituição dourada
Em
Março de 2012, Paulo Portas anunciava a criação de títulos de residência
especiais para cidadãos estrangeiros, oriundos de fora do espaço Schengen, que
adquirissem activos imobiliários de valor superior a 750 mil euros em Portugal
ou fizessem um investimento com criação de, pelo menos, 30 postos de trabalho.
Entre o anúncio e a lei dos vistos dourados aprovada, o investimento necessário
diminuiu para 500 mil euros e o número de postos de trabalho a criar para dez,
tendo sido acrescentada a possibilidade de transferência/depósito de um milhão
de euros.
Em
Agosto deste ano, o MNE anunciava "vistos gold já trouxeram para Portugal
817 milhões de euros" nos 1360 vistos atribuídos.
Posteriormente
às primeiras (sublinho, primeiras) suspeitas de corrupção vindas a público, que
se circunscrevem, por enquanto (sublinho, por enquanto), a altos dirigentes da
administração pública, Maria Luís Albuquerque afirmou no Parlamento Europeu que
o programa tem sido muito útil a Portugal.
Admito
que o programa esteja a ser muito útil para quem vive dos fluxos de capital,
como é o caso do conselheiro de Estado Luís Marques Mendes - a sua sociedade de
advogados tratou de um terço
dos
vistos e parece que também já participa no negócio imobiliário de venda de
casas de luxo -, mas para Portugal, não.
O
governo não revela o número de postos de trabalho criados com esta iniciativa
ou os impostos arrecadados (obviamente, escassos), confundindo, mais uma vez,
os proveitos de alguns com o interesse colectivo.
A
ideia de um país poder vender os seus títulos de residência é passível de ser
discutida, mas deverá ser entendida como uma forma de prostituição. Uma forma
de prostituição que nos deve envergonhar sempre que se recusa um visto a quem
trabalha pelo país e não tem dinheiro para o pagar. Nos vistos dourados, o
Estado vende algo que nos pertence a todos por um valor que só alguns podem
pagar, com a particularidade de, no quadro do proxenetismo reinante, não sobrar
uma côdea para quem dá o corpo ao manifesto.
Tiago Mota Saraiva,jornal i
domingo, 7 de dezembro de 2014
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Poema matemático
Um Quociente,
apaixonou-se um dia, Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...uma Figura
Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida paralela à dela.
Até que se encontraram
no Infinito.
"Quem és tu?" Indagou ele com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas podes chamar-me Hipotenusa."
E de falarem, descobriram que eram o que, em aritmética, corresponde a alma irmãs primos-entre-si.
E assim se amaram ao quadrado
da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação traçando
Ao sabor do momento e
da paixão
Rectas,
curvas, círculos e linhas sinusoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram
casar-se. Constituir um lar.
Mais que um lar. Uma Perpendicular.
Convidaram para
padrinhos O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma
felicidade Integral e diferencial.
E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes até
àquele dia em que tudo, afinal, se torna monotonia.
Foi então que surgiu o
Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos. Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela, uma
Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade. Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela
era a fracção Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade.
E tudo que era espúrio
passou a ser Moralidade
Como aliás, em
qualquer Sociedade.
De autor desconhecido.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
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