Eduardo
Oliveira Silva, jornal i
Dignidade
exemplar
Teresa
Leal Coelho mostrou uma rara coerência e dignidade. Era contra a convocação do
referendo sobre a co-adopção, não compareceu à votação (ou seja, não se vergou
à disciplina partidária, mas não votou a favor) e demitiu-se da função de
vice-líder da bancada do PSD. Para quem é tão próxima de Passos Coelho não deve
ter sido fácil. Mas louvem-se-lhe a coragem e a seriedade.
A
boa e a má moeda jornalística
As
recentes recomendações da PGR relativamente à violação do segredo de justiça
indignaram alguns, mas têm uma virtude. Responsabilizam os que se limitam a
regurgitar e publicar o que lhes dão a comer. São simples, mas cúmplices,
marionetas nas mãos de quem verdadeiramente viola a lei. São passadores para a
opinião pública de informações orientadas supostamente jornalísticas. São,
também às vezes, os primeiros a não aceitar regras do bom senso e a preservação
do bom nome de cada um, até que a justiça se pronuncie, acuse e condene. Os
casos recentemente ocorridos com Angola são paradigmáticos, mas cá dentro há
outros em que o sensacionalismo de encomenda se substitui à verdadeira
investigação jornalística, que é aquela que origina processos e não a que vai
atrás deles. Lembram-se do Watergate?
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