terça-feira, 30 de setembro de 2014

A Suíça não tem mar!...

A Suíça não é banhada por nenhum mar! Até o Passos Coelho que não é burro de todo, sabia que a Suíça não é banhada por nenhum mar!...
Numa reunião com o Presidente da Suíça, Passos Coelho apresenta os seus Ministros:
- Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro da Educação, este é o Ministro da Economia, esta é a Ministra da Justiça…e por aí fora.
Chegou a vez do Presidente da Suíça:
- Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro da Fazenda, este é o Ministro da Justiça, este é o Ministro da Educação, este é o Ministro da Marinha
Nessa altura, Passos Coelho começa a rir como um perdido e diz:
- Desculpe Sr. Presidente, mas para que é que o senhor tem um Ministro da Marinha, se o seu país não tem mar?
E o Presidente da Suíça responde:
- Quando Vossa Excelência apresentou os Ministros da Justiça, da Educação, da Saúde, eu não ri…pois não?!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Confisco redorde

A ministra das Finanças não quer abdicar desta cobrança injusta e fácil.
O recorde de receitas fiscais até agosto é prova do confisco a que chegou este país. Infelizmente este esbulho não chega para equilibrar as contas públicas. Até agosto, o défice melhorou em 769 milhões mas a cobrança fiscal subiu 1700 milhões. O IRS rendeu, nos oito primeiros meses, 8,2 mil milhões, mais 11,8% do que em 2013. Como a economia quase nada cresceu, nem o universo de contribuintes teve uma alteração significativa, os números do IRS demonstram que são sempre os mesmos a pagar cada vez mais. Com este valor de receita, era da mais elementar justiça eliminar a triste sobretaxa de 3,5%. Mas a ministra das Finanças não quer abdicar desta cobrança injusta e fácil.
Armando Esteves Pereira, Director-adjunto CM

domingo, 28 de setembro de 2014

Pedro Passos Coelho. Remediado e transparente

O primeiro-ministro deve ter a mesma transparência que teve no caso da licenciatura da Lusíada e mostrar as suas contas bancárias.
O debate parlamentar de ontem não trouxe as respostas claras que se exigiam a Pedro Passos Coelho. Passamos a saber que o primeiro--ministro recebeu despesas de representação do Centro Português para a Cooperação (CPC), organização não governamental ligada ao grupo Tecnoforma entre 1995 e 1999, mas desconhecemos os montantes, a forma e as datas em que tais despesas foram pagas. A informação é importante na estrita medida que existe uma denúncia anónima que refere um valor de 150 mil euros que terá sido pago entre 97 e 99 – valor que Passos Coelho continua a não desmentir. A situação, portanto, não ficou clarificada.
Todas as dúvidas podiam ter ficado esclarecidas se Passos Coelho tivesse respondido afirmativamente ao desafio de António José Seguro: que mostrasse as suas contas bancárias para se perceber que montantes entraram na sua conta e de que forma. A quebra do sigilo bancário, conjuntamente com a disponibilização das declarações de IRS, poderia permitir o esclarecimento das dúvidas. Seria uma decisão a favor da transparência. Quem não deve, não teme. Não seria nenhum “striptease” porque os valores da transparência e do escrutínio dos titulares dos órgãos de soberania sobrepõem-se ao direito da reserva da vida privada. Ser remediado e transparente é (continuar a ler)
Luís Rosa, jornal i

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Passos: 1000 contos são 1000 contos

Cinco mil euros são cinco mil euros. Cinco mil euros por mês durante um largo período de tempo não são um pormenor, são um modo de vida. Se juntarmos todas estas parcelas de cinco mil euros, como se fossem um raminho de salsa, ficamos com cento e cinquenta mil euros durante um par de anos. Mas o tipo que recebeu o raminho não se lembra de nada. Não se lembra se recebeu, se podia receber, se declarou o montante. Isto até teria a sua graça se o amnésico em questão não fosse primeiro-ministro.
Passos colocou a sua falta de memória à disposição do Ministério Público. Eles que decidam se houve ato ilícito, que ele tem mais que fazer. Eu aprecio a transparência judicial, mas aprecio ainda mais a transparência moral. Antes de todas as questões jurídicas, esta é uma questão de decência e confiança. Durante dois anos (1997-1999), o deputado Passos recebeu 1000 contos por mês de uma empresa, 1000 contos que devia gerar uma resposta cristalina da parte do homem que está à frente do país. A resposta não chegou. O parlamento diz que Passos não tinha regime de exclusividade, logo o dinheiro não é problema. Mas por que razão recebeu Passos a subvenção após 1999?(Continuar a ler)
Henrique Raposo, Expresso

domingo, 21 de setembro de 2014

Portugal de Mota

A Mota-Engil controla desde esta semana mais um sector económico em Portugal, a recolha e tratamento de lixos. Como este negócio é um monopólio, os consumidores ficam à mercê deste grupo empresarial, a quem doravante pagarão uma taxa vitalícia.
António Mota é decididamente o empresário do regime. Nos partidos do arco do poder, contrata políticos de todos os quadrantes. Já nos anos 80, Duarte Lima, enquanto líder parlamentar do PSD, representava os interesses do grupo Mota. Até aos dias de hoje, em que encontramos o ex-ministro laranja Valente de Oliveira na Administração do grupo Mota.
Também o ex-ministro Ferreira do Amaral, presidente da Lusoponte, está na sua esfera de influência. Rui Rio prestou-lhe tributo, condecorando-o. E estão agora sob investigação judicial os seus negócios com Luís Filipe Menezes...
António Mota contrata também na área socialista. Jorge Coelho, ex-governante nas obras públicas, presidiu durante anos a este poderoso grupo. A ele se juntaram outros responsáveis da governação socialista, desde o ex-secretário de Estado Luís Parreirão a Rangel de Lima, antigo presidente da Estradas de Portugal. Mota pesca também nas águas do CDS. Ao seu núcleo duro de gestão pertence António Lobo Xavier. E até Paulo Portas já foi a Angola promover as relações entre a construtora e o governo de Eduardo dos Santos.(Ler artigo complecto)
Paulo Morais, Professor universitário CM

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tanto medo...de quê?!

Actuais 380 elementos do Corpo de Segurança Pessoal já não chegam para proteger individualidades.
O Corpo de Segurança Pessoal (CSP) da PSP, entidade responsável pela protecção dos membros de soberania e outros altos dignatários, abriu novo curso para a admissão de 63 novos guarda-costas, a somar aos actuais 380 que parecem já não ser suficientes para proteger ministros, membros do Governo e Presidente da República, entre outras personalidades.
Segundo noticia o Diário de Notícias desta segunda-feira, só o Presidente da República tem ao seu dispor 20 guarda-costas, enquanto o primeiro-ministro, Pedro passos Coelho, e o seu vice, Paulo Portas, têm, cada um, 8 seguranças às suas ordens.
Já a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, herdou os seis elementos do CSP que estavam atribuídos ao seu antecessor, Vítor Gaspar, o qual recebeu, em 2013, um reforço no número de elementos, devido à tensão que então se vivia em Portugal, por causa da troika.
Diário digital    

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A mistificação democrática

Um dos grandes projectos da República foi a instrução. Uma das prioridades deste Governo é a destruição da escola e a liquidação do ensino, através de todos os meios. Os professores são enxovalhados, e seis mil dentre eles não encontram ocupação. Fecham escolas sob a inacreditável afirmação de que os alunos são escassos, e há miúdos que são obrigados a percorrer dezenas e dezenas de quilómetros a fim de receber as primeiras letras. Tribunais fecham, e os técnicos afirmam que o facto acentua a desertificação do País e a sua decadência social e moral. Estas, as terríveis notícias das últimas horas, aplicadas a um povo que parece ter-se despojado das mais elementares noções de integridade.
João de Barros (1496-1570), o das Décadas, o linguista que escreveu a primeira Gramática da Língua Portuguesa, o sábio que morreu na miséria, como o seu contemporâneo Luís de Camões [1524(?)-1580], perseguido pela inveja e pela ignorância, escreveu um desabafo que define Portugal e as suas misérias: «País padrasto, Pátria madrasta.» (Ler noticia completa)
Baptista Bastos, DN