quinta-feira, 31 de outubro de 2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A fanfarra!

Clicar AQUI para abrir o link. Depois, clicar em cada uma das figuras para escolher a música que pretende.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O envio de e-mail!

Quando o homem chegou e foi para o seu quarto de hotel, viu que havia um computador com acesso à internet, decidiu enviar um e-mail à sua mulher, mas sem se dar conta, errou uma letra e o envio foi para outra conta (outra pessoa).
O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do seu marido e que ao conferir os seus e-mails, desmaiou instantaneamente.
O filho, ao entrar em casa, encontrou a mãe desmaiada, perto do computados, em que no visor se poderia ler:
Querida esposa: Cheguei bem. Provavelmente ficas surpreendida por receber noticias minhas por e-mail, mas aqui tem computador e posso enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que está tudo preparado para quando tu chegares na próxima sexta feira.
Tenho muita vontade de te ver e espero que a tua viagem seja tão tranquila como está sendo a minha.

OBS: não tragas muita roupa, porque aqui faz um calor infernal. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A broa dos velhos!

Alberto Pinto Nogueira: Procurador-Geral Adjunto
A República vive da mendicidade. É crónico. Alexandre de Gusmão, filósofo, diplomata e conselheiro de D. João V, acentuava que, depois de D. Manuel, o país era sustentado por estrangeiros.
Era o Séc. XVIII. A monarquia reinava com sumptuosidades, luxos e luxúrias.
A rondar o Séc. XX, Antero de Quental, poeta e filósofo, acordava em que Portugal se desmoronava desde o Séc. XVII. Era pedinte do exterior.
A Corte, sempre a sacar os cofres públicos, ia metendo vales para nutrir nobrezas, caçadas, festanças e por aí fora….
Uma vez mais, entrou em bancarrota. Declarou falência em 1892.
A I República herdou uma terra falida. Incumbiu-se de se autodestruir. Com lutas fratricidas e partidárias. Em muito poucos anos, desbaratou os grandes princípios democráticos e republicanos que a inspiraram. 
O período posterior, de autoritarismo, traduziu uma razia deletéria sobre a Nação. Geriu a coisa pública por e a favor de elites com um só pensamento: o Estado sou eu. Retrocedia-se ao poder absoluto. A pobreza e miséria dissimulavam-se no Fado, Futebol e Fátima.
As liberdades públicas foram extintas. O Pensamento foi abolido. Triturado.
O Povo sofria a repressão e a guerra. O governo durou 40 anos! Com votos de vivos e de mortos.
A II República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em 1928.
Superou muitos percalços, abusos e algumas atrocidades.
Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976, que se faria Justiça ao Povo.
Ingenuidade, logro e engano.
Os partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas públicas.
Nada aprenderam com a História. Ignoram-na. Desprezam-na.
Penhoraram a Nação. Com desvarios e desmandos. Obras faraónicas, estádios de futebol, auto-estradas pleonásticas, institutos públicos sobrepostos e inúteis, fundações público-privadas param gáudio de senadores, cartões de crédito de plafond ilimitado, etc. Delírio, esquizofrenia esbanjadora.
O país faliu de novo em 1983. Reincidiu em 2011.         
O governo arrasa tudo. Governa para a troika e obscuros mercados. Sustenta bancos. Outros negócios escuros. São o seu catecismo ideológico e político.
Ao seu Povo reservou a austeridade. Só impostos e rombos nas reformas.
As palavras "Povo” e “Cidadão” foram exterminadas do seu léxico.
Há direitos e contratos com bancos, swaps, parcerias. Sacrossantos.
Outros, (com trabalhadores e velhos) mais que estabelecidos há dezenas de anos, cobertos pela Constituição e pela Lei, se lhe não servem propósitos, o governo inconstitucionaliza aquela e ilegaliza esta. Leis vigentes são as que, a cada momento, acaricia. Hoje umas, amanhã outras sobre a mesma matéria. Revoga as primeiras, cozinha as segundas a seu agrado e bel- prazer.
É um fora de lei.
Renegava a Constituição da República que jurou cumprir. Em 2011, encomendou a um ex-banqueiro a sua revisão. Hoje, absolve-a mas condena os juízes que, sem senso, a não interpretam a seu jeito!!!
Os empregados da troika mandam serrar as reformas e pensões. O servo cumpre.
Mete a faca na broa dos velhos.
Hoje 10, amanhã 15, depois 20%.
Até à côdea. Velhos são velhos. Desossem-se. Já estão descarnados. Em 2014, de corte em corte (ou de facada em facada?), organizará e subsidiará, com o Orçamento do Estado, o seu funeral colectivo.

De que serviu aos velhos o governo? E seu memorando?

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sem dinheiro e sem esperança!

Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto-CM
Os cortes de salários da Função Pública e nas reformas dos beneficiários da Caixa Geral de Aposentações são as medidas mais drásticas de um Orçamento do Estado sem esperança.
Os funcionários do Estado, penalizados por uma medida à antiga albanesa, são vítimas de não ter havido coragem política para uma verdadeira reforma do Estado. Mas todos os cidadãos continuarão a suportar o peso do brutal aumento de impostos de Vítor Gaspar, agravado com mais ajustamentos da pressão fiscal. O Estado, que este ano volta a não cumprir a meta do défice, continua a levar cada vez mais percentagem do dinheiro dos contribuintes.
O governo, que cria uma lotaria para ajudar na luta contra a fuga aos impostos, mete mão a tributar mais tudo o que mexe, desde os carros a gasóleo, que já são a maioria do parque automóvel, ao tabaco e às bebidas. Só falta mesmo regressar o velho imposto sobre os isqueiros, dos tempos de Salazar.
O Orçamento, que corta salários e pensões, prevê aumentar a receita do IRS acima do crescimento económico. Com mais desempregados, é um verdadeiro mistério saber como é que o Fisco vai arrecadar mais dinheiro de cada vez menos contribuintes reais.

Sobre este Orçamento paira ainda a Espada de Dâmocles do crivo constitucional. Um eventual chumbo pode abrir uma Caixa de Pandora de consequências assustadoras, num país onde a crise financeira do Estado nos empobrece a todos.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Passos Coelho e a Senhora idosa!...

Uma idosa ia na rua, caiu e deu com o rabo no chão.
O Passos Coelho viu e apressou-se a ajudar a levantar a idosa e ajudou-a também a atravessar a rua.
Uma vez do outro lado, ele pergunta:
-Então? Reconheceu-me? Sou o primeiro-ministro Passos Coelho e espero que nas próximas eleições vote em mim!
Diz a senhora, com um sorriso matreiro:

-Sabe senhor Dr., eu bati com o traseiro no chão, não foi com a cabeça!!!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

De Salazar a Passos: o caminho das pensões de sobrevivência!

Raquel Martins-J. Público
As pensões de sobrevivência foram impulsionadas no Estado Novo
O actual regime das pensões de sobrevivência em vigor foi instituído em 1990 e é o herdeiro de uma estrutura social que assentava na ideia de que competia ao homem trabalhar para assegurar o sustento da família, enquanto a mulher se encarregava das tarefas domésticas e da educação dos filhos. Em caso de morte do marido era necessário assegurar algum rendimento que permitisse garantir a subsistência dos familiares sobreviventes, nomeadamente a mulher e os filhos.
No entanto, os primeiros passos desta prestação remontam aos finais do século XIX. Alguns regulamentos de empresas (o caso da Caixa de Reformas e Pensões da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses) já previam a atribuição de pensões de sobrevivência e até aos anos 30 do século XX regulamentos semelhantes foram-se multiplicando. Na prática, só os familiares dos trabalhadores dessas empresas tinham direito a essas prestações.
No caso da função pública foi também por volta de 1934 que se criou o Montepio dos Servidores do Estado, destinado a assegurar este tipo de pensões.
Será preciso esperar pela reforma da Previdência Social de 1961, para alargar um pouco mais o universo de trabalhadores com direito a pensões de sobrevivência. A Lei 2115 passa a prever a atribuição de pensões de sobrevivência aos familiares dos trabalhadores abrangidos por convenções colectivas de trabalho que prevejam esta prestação.
Em 1968, no preâmbulo de um despacho já assinado por Marcello Caetano, o Governo dava conta de 600 mil trabalhadores abrangidos por convenções que previam pensões de sobrevivência. Reconhecia também que o processo de celebração das convenções era "moroso" e era necessário encontrar uma forma mais expedita que permitisse estabelecer estas pensões. É nesse sentido que o Despacho 48.656 permitia que, por "despacho publicado no Diário do Governo", se alargasse o regime de pensões de sobrevivência a "certas actividades e categorias profissionais".
Só em 1970, o Decreto-lei 277/70 generalizou o regime da pensão de sobrevivência a todos os beneficiários da Caixa Nacional de Pensões e caixas de previdência. Alguns meses mais tarde foi aprovado o regulamento especial de pensões de sobrevivência que esteve em vigor até 1990. Nesse ano, era Cavaco Silva primeiro-ministro, foi publicado o Decreto-lei 322/90 que estabeleceu a igualdade de tratamento entre cônjuges.

O regime manteve-se praticamente inalterado. A pensão corresponde a uma percentagem do valor da pensão a que o beneficiário que morreu tinha ou teria direito a receber. No caso da Segurança Social, os cônjuges recebem 60% e na função pública 50%. Os filhos recebem 20%, 30% ou 40% (consoante o número). A Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações atribuem pensões a 850 mil pessoas, o que representa uma despesa de 2,7 mil milhões de euros. Agora, o Governo pretende cortar nestas pensões para poupar 100 milhões.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Inverno de Alberto João!...


Por: Leonardo Ralha-CM
Imagine-se o ‘Rei Lear’ de Shakespeare, mas façamos uma pequena alteração: o velho monarca, em tempos invencível e agora vergado pela passagem dos anos, não tem filhas para dividir o reino, compensando tal falta com um chapéu de palha na cabeça e um copo de poncha na mão.

Assim se encontra Alberto João Jardim, após o vendaval das eleições autárquicas, que reduziu a hegemonia laranja à faixa entre a Calheta e Câmara de Lobos. A hecatombe superou as previsões, e até implicará um exercício de coabitação com Paulo Cafôfo, conquistador da Câmara do Funchal, à frente de uma coligação que congregava a oposição do centro para a esquerda.
Estando a situação neste ponto, imagina-se como terá Jardim reagido à decisão, tomada ontem, por José Pedro Pereira, ex-líder da JSD-Madeira, de passar a independente na Assembleia Regional da Madeira.

Com a maioria reduzida a um único deputado, dependente dos humores de membros de um partido rachado ao meio após a vitória tangencial sobre o ex-delfim Miguel Albuquerque, o eterno governante vive, aos 70 anos, um Inverno do seu descontentamento. E a peça arrisca-se a ser ainda mais penosa se o pano só descer em 2015.

domingo, 13 de outubro de 2013

Álcool de certeza!

Um polícia fez sinal de paragem a um automóvel. Quando o carro pára e o polícia se abeira deste, abre-se a janela e o agente diz para o indivíduo que está com ar de quem está bêbedo que nem um cacho:
- O Sr. bebeu alguma coisa hoje?
- Com certeza, Sr. guarda. A minha sobrinha casou-se hoje e antes de ir para o casamento enfiei logo umas cervejolas. No banquete enfiei umas 3 ou 4 garrafas de tintol e à noite na festa bebi 2 garrafas de Johnny Walker rótulo preto. Hic!!!
- E o sr. sabe que eu sou da Brigada de Trânsito e isto é um controlo de alcoolemia?
- Sei perfeitamente Sr. guarda. E o Sr. guarda já reparou que este carro é inglês, tem o volante do outro lado e quem está a conduzir é a minha mulher?

sábado, 12 de outubro de 2013

O último altar!


Por; Fernando Dacosta – jornal i
Nós que temos, como disse Agustina Bessa Luís, “a cultura da afectuosidade como outros povos têm a da matemática e a da filosofia”, estamos a sofrer, através dos governantes que nos saíram ao caminho, uma destruição identitária só comparável com a imposta pelo Santo Ofício.

Trata-se da destruição da nossa natureza afectiva, aquela de que falava Agustina, de consequências arrepiantes. O que está em curso é, na verdade, um crime metódico, faseado contra a essência, a dignidade que nos ergueu vai para mil anos.

O esmagamento dos idosos fez-se, por exemplo, a investida mais aviltante (porque mais covarde) desse plano, abatida sobre reformados e pensionistas, doentes e diminuídos, com devastações simultâneas em desempregados e jovens (estes expulsos do território como os judeus de outrora), visando liquefazer o húmus agregador do país. Lançar novos contra velhos, trabalhadores contra excedentários, privados contra públicos, faz parte dessa subterrânea canalhice.

Os economicistas de serviço fazem contabilidade de tudo, e ficam sorridentes com os balancetes apurados, e brindam a eles sem estremecimento pela dor, pela hecatombe que provocam em milhões de caídos na miséria, na doença, no abandono, na destruição.

Quando se reerguer, Portugal logo atirará para o fosso da história, como sempre fez, os que o mancham de nojo e terror – ante a conivência de quem devia impedi-los.

Presidência da República, eleições antecipadas, partidos opositores bloquearam-se, bloqueando-nos, adiando-nos.


Será que só nos resta acender velas ao Tribunal Constitucional, o último altar que, entre tantas e caras (e inúteis) expressões de soberania democrática, nos pode valer?

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A tirania à espreita!


Por Baptista BastosDN
O ataque ao Tribunal Constitucional atingiu aspectos indecorosos. Dos sectores da Direita mais radical e asinina, até à colaboração de articulistas indignos, ou ao silêncio ordenado da maioria da "comunicação social", a execração ultrapassa tudo o que seria previsível. Até a troika, agora, em comunicado tão absurdo como abusivo, alude às decisões do Tribunal, interferindo, gravíssimamente, na estrutura jurídica de um Estado, apesar de tudo ainda soberano e democrático. O dr. Cavaco, ante esta acometida, calou-se de modo abjecto. E o enfadonho Durão Barroso também não se eximiu de admoestar os juízes do Constitucional, com aquela leveza paquidérmica habitual no seu estilo.<….> Há algo de podre e de dissoluto num Governo que estabelece leis e impõe métodos ilegítimos e se apoia numa falsa legalidade do voto. Na realidade, o voto permite ir até certo ponto, e impede que esse ponto seja tripudiado pelos caprichos de um grupo. Neste caso, de um grupo celerado. A partir da altura em que a lei é atolada, a rebelião patriótica torna-se exigência suprema.

Assisti, há dias, entre indignado e colérico, às declarações de Passos Coelho, num fórum de patrões. Foi muito aplaudido, porque se deslocara ao Algarve unicamente para fazer genuflexões de servilismo. O rol de iniquidades que aí vem, entre as quais a diminuição do subsídio de viuvez, torna as leis de Salazar uma piedosa litografia. Pior ainda: o tirano apoiava-se na repressão; este que tal, agora, sustenta-se na falsa "legitimidade" do voto "democrático." Ler Artigo Complecto

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Tens lasefoia?

O que é a: LASEFOIA
Enfermidade não aceite pela classe médica.
Entretanto, milhões de pessoas em todo mundo padecem deste mal e esperam a aprovação da Organização Mundial de Saúde para que se estude e se encontre a cura para esta enfermidade que, cada dia, é adquirida por milhares de pessoas.
Se tiveres 3 ou mais sintomas indicados abaixo é sinal de alerta vermelho!!!!
SINTOMAS QUE DEFINEM O APARECIMENTO DESTA PATOLOGIA:
1.- Se um café te provoca insónia.
2.- Se uma cerveja te leva direto ao quarto de banho.
3.- Se tudo te parece muito caro.
4.- Se qualquer coisa te altera.
5.- Se todo o pequeno excesso alimentar te provoca aumento de peso.
6.- Se a feijoada “cai” como chumbo no estômago.
7.- Se o sal sobe a tua tensão arterial.
8.- Se numa festa pedes a mesa mais distante possível da música e das pessoas.
9.- Se apertar os sapatos te provoca dor nas costas.
10.- Se a TV te provoca sono.
Então todos estes sintomas são prova irrefutável de que padeces de

LA-SE-FOI-A juventude!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A dúvida maior!

 Por; Daniel Bessa-Expresso
A dúvida maior que, neste momento, paira sobre o nosso país é saber se o Estado português conseguirá, ou não, solver os seus compromissos de ordem financeira (pagamento de dívida contraída no passado) no próximo ano. Razões de prudência costumam exigir um mínimo de um ano de antecedência para se responder afirmativamente a esta questão e, neste momento, no início de outubro de 2013, não estamos ainda em condições de o podermos fazer.
Dados os montantes envolvidos, a solução só poderá ser uma: sermos capazes de contrair, no mercado, em condições aceitáveis, nomeadamente de taxa de juro, os financiamentos indispensáveis.
Daí a importância atribuída à taxa de juro da dívida pública a dez anos, no mercado secundário, que funciona como principal indicador avançado de dispormos, ou não, da capacidade de emissão requerida.
Foi Fernando Teixeira dos Santos quem, um dia, pronunciou o que ficará como uma espécie de “número mágico”, que hoje nenhum português ignora: acima de 7%, impossível, teremos de pedir ajuda. Foi assim em 2011.
Não adianta, agora, perder muito tempo com a história recente desta variável: tendo chegado a ultrapassar os 20%, caiu, depois, consecutivamente, o que permitiu, no dia 7 de maio último, a emissão de um montante de 3 milhões de euros de dívida pública portuguesa a dez anos, à taxa de 5,75%, numa operação sindicada com seis grandes bancos. A realização desta operação nunca teria sido suficiente para darmos o problema por resolvido, sendo certo que a situação se degradou, depois, com a crise política de julho: as taxas voltaram a níveis superiores aos 7% de que só baixaram, ligeiramente, nos últimos dias.
A dúvida terá de ficar resolvida muito em breve, seguramente antes do final do ano. Se a resposta não for satisfatória, restará uma segunda operação de resgate, como única forma de evitar um incumprimento puro e simples do Estado português perante os seus credores.
Uma segunda operação de resgate acelerará a vida política portuguesa: as entidades financiadoras (Comissão Europeia, BCE e FMI, este, desta vez, com uma participação mais reduzida) imporão condições, exigirão a assinatura do PS, e este imporá como condição a realização de eleições antecipadas.       O PS parece, neste momento, colocar todas as suas forças neste cenário. O Governo, pelo contrário, faz tudo para o evitar: valoriza os dados que apontam para um início de recuperação da economia, proporá à Assembleia da República um orçamento para 2014 com um défice de 4% do PIB, espera um desfecho favorável para o exercício de avaliação que está a ser realizado pela troika.

Numa corrida que será decidida ao sprint, o PS leva vantagem: tem a seu favor a incerteza da actuação do Tribunal Constitucional e a falta de consenso político, num processo em que é não apenas actor primordial como primeiro (porventura único) interessado. O Governo tem contra si a crise política que ele próprio provocou, no último verão, e, sobretudo, a aparente incapacidade de avançar na reforma do Estado.

sábado, 5 de outubro de 2013

Sado-maluquismo

Por Fernanda Câncio-DN opinião
"Como avisei na altura devida, chegámos a uma situação insustentável", Cavaco, 10/6/2010 (com dívida 94%)
"São insustentáveis tanto a trajetória da dívida pública como as trajetórias da dívida externa." Cavaco, 9/3/2011 (com dívida 108,2%)
"As dificuldades que Portugal atravessa derivam do nível insustentável da dívida do Estado e da dívida do País para com o estrangeiro." Cavaco, 1/1/2013 (com dívida 124,1%)
"Surpreende-me que em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável. Só há uma palavra para definir esta atitude: ma-so-quismo." Cavaco, 3/10/2013 (com dívida prevista pelo Governo de 127,8%)
"Os juros da dívida soberana vão cair gradualmente, à medida que Portugal atinge as metas impostas pelo programa de assistência financeira." Gaspar, 20/4/2012
"O cumprimento do Programa é inequívoco e os progressos alcançados são significativos." Gaspar 20/2/2013
"O incumprimento dos limites originais do programa para o défice e a dívida, em 2012 e 2013 (...), minou a minha credibilidade enquanto ministro das Finanças." Gaspar, 1/7/2013
"Não é uma teimosia minha com os salários da função pública, não é uma teimosia minha com as pensões dos pensionistas do Estado, (...) é a diferença entre fecharmos este programa de assistência ou podermos ter de pedir um outro programa." Passos, 21/9/2013
A maioria PSD/CDS-PP no poder está "a criar condições para que os portugueses possam acreditar com confiança que esta crise será vencida." Passos, 27/9/2013
"As dívidas têm de ser todas pagas, os países têm de pagar as dívidas." Moedas, 27/8/2013
"Só nos resta (a nós e a outros) o possível caminho da reestruturação da dívida. Ou seja, ir falar com os nossos credores e dizer-lhes que dos cem que nos emprestaram já só vão receber 70 ou 80." Moedas, 26/5/2010
"Não compensa absolutamente nada para a economia portuguesa (...) estabelecer uma retórica de ataque às posições dos mercados." Cavaco, 10/11/2010
"Não existe nenhuma razão lógica para as obrigações do Estado português atingirem taxas de juro de 7% nos mercados financeiros." Cavaco, 30/9/2013

"Deus nos livre de termos um Presidente da República que não mede as palavras que diz" Cavaco, 21/12/2010

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Resgate sem austeridade!

Por; Pedro Nuno Santos – jornal i
A menos de nove meses do fim do programa de assistência financeira, com taxas de juro implícitas da dívida pública portuguesa a rondar níveis insustentáveis, é cada vez mais óbvio que Portugal não conseguirá regressar aos mercados. O segundo resgate está por pouco tempo, e nem sequer precisávamos de ter sido previamente informados, como fomos, em “on” pelo primeiro-ministro e em “off” por responsáveis da Comissão Europeia. O primeiro resgate falhou de forma clamorosa nos seus principais objectivos, a dívida pública portuguesa atingiu um nível já consensualmente considerado impagável e as taxas de juro implícitas não descem dos 6%, chegando mesmo a ultrapassar a barreira dos 7% muitas vezes. É incompreensível que perante o fracasso avassalador do primeiro resgate se queira responder com a repetição do erro, mas infelizmente são a irracionalidade e a estupidez que comandam, actualmente, Portugal e a Europa. Como é por demais evidente, o PS será pressionado pela elite política e económica, nacional e europeia, a pôr a sua assinatura num receituário que não funciona. Este será o momento definidor do PS, na sua afirmação como alternativa ao governo PSD/CDS e à sua política austeritária.

O Partido Socialista só precisa de reafirmar nesse momento o que tem dito nos últimos anos sobre austeridade: “Não funciona, destrói a economia e afasta-nos cada vez mais dos objectivos de consolidação orçamental.” Também deve dizer que só aceita um segundo resgate se a filosofia subjacente for absolutamente alterada e levar em consideração muitas das conclusões dos estudos internos do FMI. Isto é, só deve aceitar o segundo resgate se os objectivos principais do mesmo forem o crescimento económico e o desemprego e não o défice orçamental e a dívida pública. Estes últimos devem passar a ser objectivos secundários e subordinados aos dois primeiros. Deve também exigir como condição prévia uma reestruturação significativa da dívida pública, como sempre defendeu o FMI. Menos do que isto não pode ser aceite por um partido socialista.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A máquina de lavar roupa alentejana

Manele, compra-me uma máquena de lavar a roupa! Estou farta de lavar à mão!
Está beim, Preciosa! Amanhã mesmo vou a Beja e hê-de comprar a da última moda!
O Manele foi e regressou com a máquina.
Aqui tens, Preciosa, esta é a mais moderna que existe!
Leram as instruções e puseram-na a lavar. Tudo ia bem, até que...
Manele, o que se passa? A máquena está arrebentando! Isto está girando munto depressa!
(Estava a centrifugar...).
Como a casa era desnivelada, a máquina começou a andar até que chegou à porta da rua.
Manele, faz qualquer coisa! A magana vai-se abalando!

Ê nã te disse que era a última moda? Lavou a roupa, agora vai estendê-la, porra !!!