Dois
dias depois da libertação da troika, neste Oeste da Europa, nada de novo.
A
economia anda aos tropeções, ora dá sinais positivos, ora trava, o desemprego
permanece pornograficamente alto, milhares de famílias continuam
sobre-endividadas e com um salário médio de 803 euros no setor privado, muitos
portugueses que têm trabalho fazem verdadeiras acrobacias para esticar o
rendimento até ao fim do mês. Entretanto, o INE confirmou o recorde histórico
de pressão fiscal. Em 2013, chegou aos 34,9%. Isto significa que, em cada euro
de riqueza gerada, 35 cêntimos são para o Fisco. O feito é de Vítor Gaspar, mas
a actual ministra das Finanças mantém-se fiel à herança, que engordou com o
recente aumento do IVA e da TSU. Os dados do INE no primeiro trimestre também
dão conta do arrefecimento do PIB. As exportações abrandaram e as importações subiram.
É um sinal de que a retoma da economia ainda é muito frágil e lenta. Basta um
problema na refinaria da Galp para o cenário macroeconómico ficar mais negro. A
Banca continua a dar prejuízo. Apesar de já se notar alguma reanimação com
baixa de margens no crédito. A saída do Barclays e do BBVA indiciam que já não
há galinha de ovos de ouro por cá.
Armando
Esteves Pereira, director adjunto CM
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