A linguagem
patriótica do Governo sobre a ‘saída limpa' do resgate roça o obsceno.
Sugerir
que o 4 de maio entra para a história como se fosse um 25 de Abril ou um 1640
deste milénio, que nos libertámos da ditadura dos credores, é uma vergonha.
Dizer isso é partir do princípio de que vem aí um novo tempo, que a vida vai
ser mais fácil, mais livre, e que PSD e CDS foram os golpistas libertadores.
Não é verdade. A vida não vai ficar mais fácil para os que trabalham por conta
de outrem e os credores só daqui por 20 anos deixarão de fiscalizar as contas.
De resto, vamos continuar com a política de sempre, que nos conduziu várias
vezes a abismos como o destes últimos anos.
Eduardo
Dâmaso, director-adjunto-CM
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