O
sistema de pensões é insustentável. A troika diz, o Governo assevera,
especialistas reiteram, colunistas afiançam, jornalistas ecoam.
A
grande questão é pois perceber como é que, com uma coisa desta gravidade a
meter-se pelos olhos adentro, nada se fez até ao advento de tão bravo
Executivo. Pior: ainda há pouco tempo havia uns tresloucados que queriam
aumentar as pensões e estabelecer a impossibilidade de as diminuir. Por exemplo
um Pedro Mota Soares, decerto sem nada a ver com o actual ministro da Segurança
Social, propunha em janeiro de 2008 acrescentar às pensões "um factor de correcção
da inflação para aumentar o poder de compra". Em 2010, o mesmo Mota
Soares, ou seja, outro, apresentava um projecto de lei em que pontificava serem
"os pensionistas um grupo social bastante vulnerável aos impactos
negativos da crise económica" e, preocupando-se com o facto de "a
introdução do Complemento Solidário para Idosos", criado pelo Governo PS,
"estar longe de atingir a grande maioria dos pensionistas" (o
ministro de nome igual diminuiu o valor de referência do CSI e operou uma
descida de mais de 30 mil no número dos beneficiários deste complemento que
exige condição de recursos, ou seja, prova de efectiva necessidade), terminava
com um artigo único: "As pensões atribuídas pelo sistema de Segurança
Social não podem diminuir o seu valor, mesmo nos anos em que o Índice de Preços
do Consumidor for negativo." Vá lá que no mesmo ano, em junho, o PSD, pela
voz de um…Ler artigo complecto
Fernanda
Câncio, DN
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