Um
espectro percorre Portugal: é o espectro da pobreza, da miséria moral, da
fraude, da mentira, do embuste, da indecência, da ladroagem, da velhacaria.
Este indecoro do BES foi o destapar do fétido tacho da pouca-vergonha. Os
valores mais rudimentares das relações humanas pulverizaram-se. Já antes haviam
sido atingidos por decepções constantes daqueles que ainda acreditavam na
integridade de quem dirige, decide, organiza. Agora, o surto alcançou a fase
mais sórdida. Creio que, depois de se conhecer toda a extensão desta burla,
algo terá de acontecer. Com outra gente, com outros padrões, não com estes que
se substituem, num jogo de paciências cujo resultado é sempre o mesmo. Mas esta
afirmação pertence aos domínios da fé, não aos territórios das certezas.
O
Dr. Carlos Costa revelou ter avisado a família Espírito Santo de que ia ser
removida. Na TVI, Marques Mendes, vinte e quatro horas antes, anunciara o
cambalacho. Já destituído, Ricardo Salgado e os seus estabeleceram três
negócios ruinosos para o banco, abrindo o buraco da vigarice para quase cinco
mil milhões de euros. Quem são os outros cúmplices, e quais as razões
explicativas de não estarem na cadeia?(Ler artigo complecto)
Baptista Bastos,
opinião DN
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