O
atestado de inocência passado pelo DCIAP a Salgado em 2013 caducou.
"Face
aos factos até agora apurados nos presentes autos, não existem fundamentos para
que o agora requerente, Dr. Ricardo Salgado, seja considerado suspeito, razão
pela qual foi ouvido como testemunha." Estas palavras foram escritas pelo
procurador Rosário Teixeira no dia 18 de Janeiro de 2013 e deram razão ao
"Jornal de Negócios" para escrever em manchete: "DCIAP diz que
Salgado não está envolvido no Monte Branco."
É
certo que o despacho atrás citado diz respeito a parte dos 8,5 milhões de euros
que Ricardo Salgado rectificou no seu IRS pouco antes de ser ouvido como
testemunha, mas as palavras citadas são tão abrangentes que ilibam o banqueiro
de quaisquer indícios que existissem (e existiam) naquele momento no caso Monte
Branco.
Nunca
se percebeu por que razão um procurador experiente como Rosário Teixeira passou
um atestado de inocência ao presidente executivo do BES quando tinha informação
suficiente em seu poder para, no mínimo, suspeitar que o banco, as suas
empresas subsidiárias e o próprio Salgado estariam envolvidos em algo mais
complexo do que simples problemas fiscais.
Sem comentários:
Enviar um comentário