Há actividades onde sobra
dinheiro para pagar à Segurança Social
Como
é evidente, o secretário de Estado Leite Martins não mentiu. Limitou-se a uma
jogada de informação subterrânea, atirou o barro à parede e deu umas dicas para
preparar o povão para um sistema de cortes permanentes das pensões ligado à
demografia. Os desmentidos foram pró- -formas, como comprova o facto de a
criatura se manter em funções.
Partindo
deste caso, observa- -se, por exemplo, a diferença em relação a outros países,
como a falida Espanha, onde há dias os pensionistas receberam uma carta a
anunciar- -lhes um pequeno aumento e a garantir-lhes que as pensões, tal como
estão, são intocáveis. O mesmo sucede na Alemanha, onde uma reforma tem um
valor sagrado, igual ao da propriedade.
Por
cá, procura-se furiosamente tornar os cortes definitivos, como todos
adivinhávamos apesar das juras em contrário. O processo é decidido no
Ministério das Finanças, sendo o da Segurança Social remetido a um papel
decorativo, enquanto os membros do grupo de trabalho inventado para estudar a
reforma das pensões são transformados em verbos de encher que estranhamente não
se demitem. A situação é tão surrealista que não há nota de que o grupo se
reúna, quanto mais de que tenha sugerido soluções. Uma vergonha a acrescentar à
ópera bufa proporcionada pelo secretário de Estado.
As
questões relacionadas com as reformas não podem continuar a ser tratadas de
forma precipitada e agarotada, (Ler tudo
Eduardo
Oliveira Silva, jornal i
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