Admitamos que nunca se
mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra ou depois de uma
caçada. Ora, temos pela frente um ciclo político de escolhas decisivas, num ano
marcado por eleições legislativas e, logo depois, presidenciais. Estejamos pois
prevenidos, porque já ecoam as trombetas. Seja qual for o desfecho das
primeiras, há uma realidade que não podemos iludir e uma esperança que seria
criminoso defraudar. À chaga do desemprego - que por sua vez gera pobreza,
miséria, exclusão e insegurança - é a face mais rugosa da nossa realidade. Tão
dramática que impõe respostas, pactos, criatividade e soluções de grande
consenso, entre os principais partidos. Sem paliativos. Mais de um milhão de
portugueses aptos a trabalhar continuam sem trabalho, logo sem salário. É um em
cada cinco e, pior ainda, um em cada três entre os mais novos. E todos temos
casos: na família, entre os amigos, na vizinhança. (Ler mais)
Afonso
Camões, Jornal JN
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