O
recurso às cantinas sociais aumentou 33% num ano. Vai em quase 50 mil pessoas
por dia.
Em
simultâneo com a afinação da ilustre reforma do Estado e do já famoso DEO – que
em substância será a passagem a definitiva de toda a austeridade anunciada como
provisória acrescida da eliminação de mais uma série de funcionários públicos
–, o governo entrou na fase de lançar anúncios optimistas, enquanto os mais
pobres vêem as suas situações agravadas.
A
época pré-eleitoral que se vive tem sido explorada pelo executivo não com
medidas efectivas de alívio do que quer que seja, mas com o anúncio de que está
a preparar decisões concretas para o futuro próximo. É a arte do dois em um.
Anuncia-se agora com tambores e trombetas que se vai adoptar uma nova política
que favorecerá os mais pobres num futuro relativamente próximo. Remete-se,
porém, a concretização para o ano que vem. Há assim dois ganhos possíveis no
plano eleitoral: um imediato em véspera de europeias e outro mais para a frente
quando se aproximarem as legislativas de 2015 e se efectivarem as medidas. Nada
mau para quem se dizia indiferente aos ciclos eleitorais, embora se duvide que
a saturada população portuguesa – sejam os pobres, sejam os remediados ou até
os da classe média – ainda se deixe embalar por cantos de sereia.
A
estratégia comunicacional passa também por anunciar…ler artigo complecto
Eduardo
Oliveira Silva, jornal i
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