É público e notório que
considero Durão Barroso como um exemplo negativo do que deve ser um político.
De facto, Barroso concentra todos os defeitos que eu critico na classe
político, nomeadamente aquele que aponto como o mais repugnante: o de ser fraco
para dar a aparência de força. Passos a explicar: Durão Barroso, se analisarmos
com rigor e cuidado analítico, concluiremos facilmente que a sua estratégia
para subir na política foi sempre a de ser alguém fraco, oportunista, que se
adapta às circunstâncias, sempre a pensar no seu interesse pessoal, que não
olha a meios para atingir os seus fins e que, através de influências várias,
chegou a Primeiro-Ministro de Portugal e a Presidente da Comissão Europeia. Se
Durão Barroso chegou a Presidente da Comissão, significa que este cargo não
pode ser muito relevante politicamente - é um cargo insignificante. E Durão
Barroso honrou essa qualidade: foi um Presidente banalíssimo, temeroso, que não
soube reagir às circunstâncias políticas, económicas e sociais, sem iniciativa,
vergando-se a Angela Merkel. Enfim, Durão Barroso limitou-se a ser Durão
Barroso - não podíamos esperar algo muito melhor quando o personagem político
é, já por si, fraco e facilmente influenciável. E qual será o futuro de Durão
Barroso depois de Outubro? Pois bem, Durão já anda a planear a sua vida
pós-Comissão. Para esse efeito, decidiu conceder uma entrevista ao EXPRESSO,
publicada no sábado. Evidentemente, o objectivo foi o de se reposicionar para
um regresso à vida política portuguesa. (Ler tudo)
João Lemes Esteves, Expresso
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