Não
há quem não saiba. Quando se recebe um salário ou uma avença, quando se tem um
contrato de trabalho ou se passam recibos verdes, seja a quantia a receber
generosa, sofrível ou miserável, há dois impostos a que não se escapa: um é o
famigerado IRS, o outro é a contribuição para a Segurança Social….(Ler mais)
O
Estado não perdoa um cêntimo? Enfim, há pelo menos um trabalhador português a
quem, pelos vistos, perdoa. E curiosamente também se chama Pedro Passos Coelho
e exerce o cargo de primeiro-ministro de Portugal. Ao contrário de dezenas
de milhares de portugueses que, em 2007 e 2008, foram convocados à pressa pela
Segurança Social, para pagarem o que deviam, a
notificação que devia ter seguido para Passos Coelho terá ficado esquecida numa
gaveta qualquer.
Questionado
sobre tudo isto pelo jornal "Público", Passos Coelho acrescentou
um brinde: até já sabia do calote desde 2012, mas deixou-se ficar
sossegado, era assunto já prescrito. Ainda assim, tencionava pagar, mas só
depois de terminar o mandato como primeiro-ministro. Como ficámos a saber, também
este fim de semana, Passos Coelho espera que o
povo lhe renove o mandato por mais
quatro anos. Portanto, saldaria as contas lá para 2019. Mas já que o
jornalista levantava a questão, não se falava mais nisso. Arranjou tempo entre
numerosos afazeres e pagou a dívida. Assunto encerrado?
Rafael
Barbosa, JN
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